Rio, 30 - Procurado por suspeita de integrar esquema de lavagem de R$ 370 milh�es em obras ligadas � construtora Delta, o empres�rio Marcelo Abbud se entregou nesta quinta-feira, 30, na sede da Pol�cia Federal de S�o Paulo. Ele era procurado desde o in�cio da manh� na Opera��o Saqueador, que apura o esquema de desvios. No fim da tarde, o contraventor Carlinhos Cachoeira chegou � sede da PF, no Rio, para prestar depoimento do caso.
Apenas o dono da construtora, Fernando Cavendish, n�o foi localizado pela pol�cia - ele teria viajado � Europa no fim de semana. Em nota, a defesa do empres�rio se disse "estarrecida" com o que chama de "insuport�vel ilegalidade". A PF investiga a rela��o de Cavendish com pol�ticos no esquema de lavagem de dinheiro.
"A Defesa de Fernando Cavendish, estarrecida com a decreta��o de sua pris�o, tomar� as provid�ncias judiciais para reverter esta insuport�vel ilegalidade. A pris�o foi requerida nos autos de Inqu�rito Policial que tramita h� mais de tr�s anos, no qual Fernando Cavendish sempre atendeu �s solicita��es da Autoridade Policial, nada justificando a ado��o desta medida extrema", diz o advogado T�cio Lins e Silva, em nota.
Tamb�m a defesa de Marcelo Abbud pretende entrar com medidas judiciais contra a pris�o do empres�rio. O advogado Miguel Pereira Neto, que tamb�m defende o empres�rio Adir Assad, j� condenado na Opera��o Lava Jato, considerou que o pedido de pris�o � baseado em "suposi��o".
"Quem sup�e n�o poderia concluir com elementos concretos, como consta a decis�o. O magistrado, com todo respeito, sup�e e intui, e intui��o n�o se apresenta no mundo da completude", disse o advogado. Neto tamb�m argumentou que Adir Assad j� cumpre restri��es severas, como uso de tornozeleira.
"N�o haveria a m�nima condi��o de ele preencher os requisitos para que seja decretada uma pris�o preventiva. Os atos que s�o apontados s�o de entre 2007 e 2011, s�o pret�ritos. Essa investiga��o j� corre no Rio h� bastante tempo. Se n�o houve motivo para se pedir pris�o desde l� de tr�s, n�o haveria motivo para pedir agora. N�o existe nenhum fato posterior que possa dar ensejo a essa decreta��o agora", afirmou o advogado.