Entre os valores, h� recursos de propina das obras do Centro de Pesquisas da Petrobras (Cenpes), no Rio, alvo da 31ª fase batizada de Opera��o Abismo.
"O total de contratos fict�cios assinados pelos declarantes foi de R$ 28.387.652,00", registrou a Procuradoria da Rep�blica, no Termo 1, de Trombeta. Ele foi ouvido no dia 12 de junho. "Ap�s anos de relacionamento e confian�a o mesmo, a partir do ano de 2010, foi requisitado para emitir notas de servi�os de suas empresas para o Grupo OAS Brasil, pois a OAS dizia-se necessitar de recursos em esp�cie para pagamentos de pessoas de canteiros de obras e outros”, detalhou Trombeta e Morales, em depoimentos iguais � Lava-Jato.
"Na maioria dos servi�os contratados n�o houve a devida presta��o dos mesmos, sen�o "pr�-forma" com �nico intuito de gerar dinheiro em esp�cie para o Grupo OAS Brasil", informaram os delatores. O presidente afastado da OAS Jos� Aldem�rio Pinheiro, conhecido como L�o Pinheiro, foi preso e condenado na Lava-Jato em Curitiba. Ele negocia acordo de dela��o premiada com a Procuradoria.
No pedido de pris�es e buscas da Opera��o Abismo, a for�a-tarefa da Lava-Jato afirma que o delator M�rio G�es, outro operador de propinas, explicou que os pagamentos intermediados pela OAS se davam em esp�cie. "Uma das formas evidenciadas para tal finalidade foi a celebra��o de contratos ideologicamente falsos, nos quais n�o havia efetiva presta��o de servi�os, com empresas comandadas por Roberto Trombeta e Rodrigo Morales, conforme admitido por ambos os colaboradores."
"Dentre os contratos ideologicamente falsos celebrados arrolados pelos colaboradores destacam-se dois firmados pelo Cons�rcio Novo Cenpes, um com a MRTR Gest�o Empresarial, em 8 de abril de 2008, no valor de R$ 2.195.000,00, e outro com a Morales e De Paula Advogados Associados, em 7 de novembro de 2011, no valor de R$ 700.000,0061", informa a Procuradoria.
Os delatores que forneciam os contratos fict�cios para a OAS levantar dinheiro em esp�cie entregaram os detalhes desses neg�cios para a Lava-Jato. Muitos s�o de obras de saneamento.
Trombeta e Morales dizem que recebiam 20% do valor bruto de cada fatura como pagamento. Descontados os valores do servi�o, os delatores explicaram que a OAS recebeu em esp�cie R$ 22,7 milh�es.