Planalto deu aval para Maia negociar com o PT

S�o Paulo, 10 - Um dos favoritos para vencer a disputa pela Presid�ncia da C�mara, o deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) disse que avisou ao presidente em exerc�cio Michel Temer que estava negociando o apoio dos partidos de esquerda, especialmente com o PT. A conversa com Temer aconteceu na manh� de sexta-feira, 8, pelo telefone.

Segundo Maia, Temer liberou a aproxima��o com os integrantes da oposi��o e pediu que os avisasse que pretende procur�-los para criar um canal de di�logo, caso se confirme a aprova��o do impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff.

Em busca dos 58 votos da bancada do PT, que podem ser decisivos na disputa, Maia tenta ganhar a simpatia da legenda, mas garante que continua sendo �integrante fiel� da base do governo Temer.

�Sou aliado do presidente Temer e quero trabalhar para reconstruir a harmonia dentro da C�mara�, disse Rodrigo Maia, que � genro de Moreira Franco, secret�rio executivo do Programa de Parcerias de Investimento (PPI) do governo. Al�m de Maia, os deputados Marcelo Castro (PMDB-PI) e Rog�rio Rosso (PSD-DF) tentam atrair os votos petistas.

Repartir

O Pal�cio do Planalto avalia, segundo interlocutores de Temer, que o PMDB n�o deve entrar na disputa pelo o cargo de �presidente tamp�o�. A sigla continuar� � frente da presid�ncia do Senado no pr�ximo ano. O escolhido para suceder Renan Calheiros (AL) � o senador Eun�cio Oliveira (CE).

A meta do governo � reunir uma base �consistente� de 2/3 de votos na C�mara. Com esse qu�rum, Temer tentar� aprovar medidas consideradas pol�micas, inclusive as que dependem de mudan�a na Constitui��o, como a reforma da Previd�ncia.

Apesar de o discurso ser de n�o se empenhar em favor de nenhum nome, o Planalto gostaria de emplacar Rog�rio Rosso (PSD-DF) no cargo, que integra o chamado Centr�o.

Apoio

Na disputa pela lideran�a do governo interino, Maia foi preterido por Andr� Moura (PSC-SE). O deputado do DEM disse ao Estado que s� vai formalizar a sua candidatura depois de costurar apoio com partidos de esquerda (PT, PSOL e PCdoB). Ele tamb�m buscar� o apoio do Centr�o. �Eu posso ser o candidato que vai unificar a C�mara�, disse o deputado.

O l�der do PT, Afonso Florence (BA), afirmou que o partido n�o vai lan�ar candidatura pr�pria e que vai se reunir amanh� para definir a posi��o da legenda. Segundo ele, todos os candidatos informais o procuraram pedindo apoio.

�Temos prefer�ncia por um candidato que tenha votado contra o impeachment, mas isso n�o � um condicionante. Vamos apresentar uma agenda de pauta social, e queremos um candidato com potencial de ir para o segundo turno�, declarou. Os l�deres partid�rios pressionam o presidente interino Waldir Maranh�o (PP-MA) para que antecipe para ter�a-feira a elei��o, prevista para quinta. As informa��es s�o do jornal

O Estado de S. Paulo.