Bras�lia, 11 - Com receio de criar clima de animosidade com lideran�as partid�rias aliadas de Eduardo Cunha (PMDB-RJ), a maioria dos candidatos ao comando da C�mara evita opinar sobre o processo de perda de mandato do deputado afastado.
O discurso entre os postulantes � de que seguir�o o regimento interno. Ao manter "posicionamento institucional", eles minimizam atritos com o Centr�o, grupo comandado por PP, PR, PSD e PTB, pr�ximo a Cunha, e que det�m for�a para ditar o ritmo das atividades da Casa.
Nome mais cotado para suceder Cunha, o l�der do PSD, Rog�rio Rosso (DF), est� entre os que n�o se posicionam. "S�o coisas independentes (processo de Cunha e presid�ncia da C�mara). Esse assunto tem de tramitar naturalmente, seguindo o regimento. N�o vou nem acelerar, nem retardar."
Rosso tem o apoio de Cunha na disputa prevista para esta semana. Outros postulantes, como Rodrigo Maia (DEM-RJ), Beto Mansur (PRB-SP), J�lio Delgado (PSB-MG) e Hugo Legal (PSB-RJ), t�m discursos semelhantes.
Para advers�rios de Cunha, a defesa dos candidatos de que seguir�o o regimento n�o impede que acatem manobras do peemedebista. Isso porque h� brechas nas normas para investidas de Cunha, caso consiga respaldo do novo presidente. Uma delas � a possibilidade de qualquer deputado apresentar, em plen�rio, quest�o de ordem inquirindo as a��es adotadas no julgamento do processo de cassa��o, hoje na Comiss�o de Constitui��o e Justi�a (CCJ).
Segundo servidores da C�mara, esse questionamento, se recebido pelo novo presidente, pode paralisar o processo, enquanto n�o for avaliado pela CCJ e pelo plen�rio. Assim, o caso pode se estender por v�rios meses. "O que n�o pode � eleger um presidente que numa canetada volte todo o processo", disse o deputado Fausto Pinato (PP-SP), tamb�m na disputa pelo cargo. As informa��es s�o do jornal
O Estado de S. Paulo.