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Estado de Minas

Castro quer atrair insatisfeitos com Cunha e Temer


postado em 13/07/2016 07:25 / atualizado em 13/07/2016 07:45

Castro entrou no PMDB em 1981, mas teve passagens pelo PSDB e pelo PPR. Voltou ao partido de origem para se eleger deputado federal pela primeira vez em 1998(foto: Ed Alves/CB/D.A Press)
Castro entrou no PMDB em 1981, mas teve passagens pelo PSDB e pelo PPR. Voltou ao partido de origem para se eleger deputado federal pela primeira vez em 1998 (foto: Ed Alves/CB/D.A Press)

Bras�lia- "Fizemos papel de bobo. Tr�s meses trabalhando arduamente e n�o vamos votar o relat�rio, que j� est� pronto h� 20 dias. O relat�rio era s� 99% do que ele (Eduardo Cunha) queria. Mas ele queria 100%." Foi assim que o deputado Marcelo Castro (PMDB-PI) definiu a forma como o ent�o presidente da C�mara Eduardo Cunha (PMDB-RJ), no auge do seu poder, em maio de 2015, decidiu com os l�deres ignorar o relat�rio de Castro na comiss�o da reforma pol�tica, nomear outro relator e votar outro texto direto no plen�rio.

O embate j� vinha de alguns dias. Na semana anterior, Cunha dissera que faltava "intelig�ncia pol�tica" a Castro, que, ao revidar, disse que o ent�o presidente da C�mara deveria ter escolhido um relator "mais submisso". Desde ent�o, ficou marcado como anti-Cunha.

Cinco meses depois, era nomeado pela ent�o presidente Dilma Rousseff ministro da Sa�de, ap�s interven��o do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva no governo da petista para abrir espa�o ao PMDB na Esplanada e tentar evitar seu impeachment, estrat�gia que se mostrou insuficiente.

No minist�rio, Castro se viu em meio �s epidemias de dengue, zika e chikungunya no Pa�s, mas focou sua gest�o em fazer pol�tica e tentar salvar o mandato da petista. Atendeu mais vereadores, prefeitos, deputados estaduais e federais, al�m de senadores, do que entidades ligadas � sa�de.

Pol�micas


Como titular da Sa�de, Castro causou pol�mica com declara��es sobre o Aedes aegypti e o v�rus da zika. "N�s estamos h� tr�s d�cadas com o mosquito aqui no Brasil e estamos perdendo a batalha feio para o mosquito", afirmou em janeiro deste ano. Pouco antes, ele havia dito que o melhor � "torcer para que as mulheres peguem a zika antes da idade f�rtil, a� ficariam imunizadas pelo pr�prio mosquito".

Deixou o cargo para retomar o mandato de deputado e ser um dos sete dos 67 peemedebistas a votar contra o impeachment. Ao justificar seu voto naquele 17 de abril, disse: "A presidente Dilma n�o matou, n�o roubou, n�o tem contas no exterior, n�o descumpriu nenhuma lei. � uma pessoa digna, honesta e honrada. N�o h� crime de responsabilidade. N�o h� crime nenhum. Todo esse processo � forjado, artificial e falso". Ficou marcado como anti-Temer.

Mas � no cruzamento desses feitos na atual legislatura, a quinta seguida, que o psiquiatra piauiense de 66 anos chega � elei��o para a presid�ncia da C�mara. Ele pretende ter os votos dos que n�o querem a vit�ria de um nome ligado a Cunha. Tamb�m aposta nos insatisfeitos com a falta de espa�o no governo Temer. A rigor, uma candidatura ao estilo do PMDB: a que visa a atrair todas as matizes pol�ticas.

"Minha candidatura � do PMDB e de uma ampla base que tem boa rela��o comigo, principalmente de quando fui ministro. Vou pedir votos a todos os deputados de todos os partidos", disse ontem ao Estado. O desafio � afastar a vincula��o que advers�rios t�m feito de que se trata de uma candidatura petista. Questionado se conta com esses votos, disse: "N�o tenho essa sorte".

Hist�rico


Castro entrou no PMDB em 1981, mas teve passagens pelo PSDB e pelo PPR. Voltou ao partido de origem para se eleger deputado federal pela primeira vez em 1998. Apesar da forma��o em medicina, ele trabalha sua imagem no Estado a partir de sua liga��o com o setor de infraestrutura.

Nos seus mandatos, buscou sempre ser a interface entre o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e �rg�os respons�veis por tocar obras no Piau�. A construtora Jurema, de seus irm�os, � a principal executora de obras p�blicas no Estado.


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