S�o Paulo - A for�a-tarefa da Lava-Jato pediu ao juiz S�rgio Moro que intime pela segunda vez a defesa do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva para se manifestar sobre as 23 caixas com presentes recebidos pelo petista no per�odo que ocupou a Presid�ncia da Rep�blica - e que foram apreendidas pela Pol�cia Federal na Opera��o Alethea, 24ª fase da Lava-Jato, em mar�o deste ano.
Os procuradores da Rep�blica reiteraram os pedidos de explica��es sobre as 23 caixas que estavam em um cofre de uma ag�ncia do Banco do Brasil em S�o Paulo. Na ocasi�o foram encontrados moedas, espadas, adagas, canetas, condecora��es e outros objetos de valor que estavam armazenados no banco desde 2011, sem custo, segundo informou o gerente da ag�ncia.
No mesmo dia em que foram feitas as buscas no cofre, Lula foi conduzido coercitivamente para depor e, irritado, disse que n�o sabia onde estavam as in�meras "tralhas" que ganhou quando era presidente e que iria entregar tudo para o Minist�rio P�blico.
"Tem coisa de valor que deve estar guardada em banco, tem coisa… Eu j� tomei uma decis�o, terminada essa porra desse processo, eu vou entregar isso para o Minist�rio P�blico, vou levar l� e vou falar 'Janot, est� aqui, olha, isso aqui te incomodou? Um picareta de Manaus entrou com um processo pra voc� investigar as coisas que eu ganhei, ent�o voc� toma conta'", disse Lula em depoimento a um delegado da Pol�cia Federal.
Na ocasi�o o petista afirmou que n�o sabia exatamente para onde foram encaminhados todos os bens, pois haveria toda uma estrutura para cuidar disso.
A defesa do ex-presidente recorreu ao Supremo contra o juiz da Lava Jato ap�s o ministro Teori Zavascki considerar ilegais as escutas feitas ap�s o t�rmino da autoriza��o judicial e que flagraram Lula conversando com a presidente Dilma Rousseff antes desta ser afastada. Diante disso, os advogados de Lula questionaram os supostos excessos de Moro ao STF. Procurada pela reportagem, a defesa do ex-presidente ainda n�o se manifestou. O espa�o est� aberto para a manifesta��o.