� o caso do PTB e do Solidariedade. O primeiro havia firmado um acordo informal de apoi�-lo em troca de indicar o candidato a vice, mas acabou migrando para a pr�-candidatura da senadora Marta Suplicy (PMDB-SP). O segundo optou por lan�ar um candidato pr�prio, o deputado Major Ol�mpio.
O futuro de Russomanno depende do Superior Tribunal Federal, onde corre um processo que poder� tir�-lo da disputa. O deputado do PRB � alvo de uma a��o penal por peculato. De acordo com a den�ncia do Minist�rio P�blico (MP), o deputado empregou, entre 1997 e 2001, em sua produtora, em S�o Paulo, uma funcion�ria que trabalhava em seu gabinete de deputado. Ainda segundo a den�ncia, o sal�rio dessa funcion�ria era pago pela C�mara.
Em primeira inst�ncia, Russomanno foi condenado em 2014 a dois anos e dois meses de pris�o em regime aberto. A pena foi revertida pela Justi�a em trabalhos comunit�rios e multa de 25 cestas b�sicas, no valor de R$ 200 cada uma.
No Supremo, a a��o est� conclusa para decis�o. A relatora, ministra C�rmen L�cia, j� ordenou que o processo entre na pauta de julgamento, o que deve acontecer logo ap�s o fim do recesso do Judici�rio, na primeira semana de agosto. A expectativa � de que a decis�o saia antes do dia 15, quando se encerra o prazo para inscri��o de candidaturas para as pr�ximas elei��es. Russomanno tem contra si um parecer do procurador-geral da Rep�blica, Rodrigo Janot, que no in�cio de junho manifestou-se a favor da condena��o.
Convic��o de inoc�ncia
Em abril, o deputado chegou a pedir autoriza��o para restituir o valor dos sal�rios questionados pelo Minist�rio P�blico. Na ocasi�o, a defesa argumentou que, embora convicta da inoc�ncia e de uma decis�o favor�vel da Corte, o deputado estaria disposto a pagar para que "n�o se tenha d�vidas quanto a sua lisura no agir e de sua conduta como homem p�blico".
Se o Supremo ratificar a condena��o em primeira inst�ncia, Russomanno ser� enquadrado na Lei da Ficha Limpa e ter� os direitos pol�ticos suspensos por oito anos. Nesse caso, ele n�o perderia o mandato de deputado federal, mas ficaria impedido de concorrer � Prefeitura de S�o Paulo este ano.
Conven��o antecipada
"Pode ser que essa quest�o no Supremo Tribunal Federal tenha atrapalhado, mas estamos tranquilos", diz o presidente do PRB paulistano, Aildo Rodrigues Ferreira. O dirigente conta que o PRB decidiu antecipar de 30 de julho para o dia 24 a conven��o da legenda para "dissipar os rumores" de que Russomanno desistiria.
Sem op��es de alian�a com os grandes e m�dios partidos, o deputado tenta formar um palanque com partidos "nanicos" - PTN, PTdoB e PEN. Russomanno tamb�m tenta atrair o PSC, que cogita lan�ar a candidatura do deputado Marco Feliciano.
O candidato do PRB tem liderado as pesquisas de inten��o de votos. No mais recente levantamento feito pelo Datafolha, divulgado na sexta-feira passada, Russomanno aparece com 25% das inten��es de voto, contra 16% de Marta Suplicy. A deputada e ex-prefeita Luiza Erundina (PSOL) apareceu com 10%, seguida pelo prefeito Fernando Haddad (PT), com 8%; Jo�o Doria (PSDB), 6%; e Marco Feliciano (PSC), com 4%.
Na pesquisa Ibope divulgada no dia 21 de junho, Russomanno aparece com 26% das inten��es de voto, seguido de Marta (10%), Erundina (8%), Haddad (7%), Doria (6%), Matarazzo (4%) e Feliciano (4%). Os deputado Major Ol�mpio (SD) e Roberto Tripoli (PV) obt�m 2% cada.
Defesa
Procurado pelo Estado, Russomanno informou, por meio de sua assessoria, que n�o iria comentar o assunto.