Em entrevista para o programa Roda Vida, da TV Cultura, o presidente da C�mara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), admitiu h� pouco que, se pudesse participar da vota��o sobre o processo de cassa��o do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), votaria a favor da cassa��o do seu antecessor no comando no Casa. Por ser presidente da C�mara, Maia n�o pode votar.
"O resultado na Comiss�o de Constitui��o e Justi�a (CCJ) provou que a situa��o dele � muito dif�cil", afirmou o democrata, em refer�ncia � decis�o da comiss�o de rejeitar o retorno do processo de cassa��o de Cunha ao Conselho de �tica, onde a cassa��o foi aprovada. "O deputado (Cunha) foi derrotado no Conselho de �tica, na CCJ e, no meu ponto de vista, ser� derrotado em plen�rio", afirmou Maia, que foi eleito na semana passada para concluir o mandato de Cunha � frente da Casa, at� janeiro do ano que vem.
Apesar de ter admitido que votaria contra Cunha no plen�rio da C�mara, Maia reiterou os elogios que fez ao per�odo do peemedebista como presidente da Casa. "Ele tem problemas, mas naquele momento a C�mara funcionou", argumentou. Maia foi, inclusive, um dos deputados que votaram em Cunha na elei��o para presidente da C�mara, no in�cio de 2015, seguido orienta��o do DEM. "Voc� tinha a oportunidade de votar no (candidato do) PT ou no (candidato do) PMDB e n�s entendemos que era melhor votar no PMDB", disse.
Antes do programa, Maia sugeriu que deve evitar convocar a vota��o sobre a cassa��o do deputado Eduardo Cunha (PDMB-RJ) para o per�odo de campanha das elei��es municipais, por medo de que n�o haja parlamentares suficientes em plen�rio. "Se n�o houver qu�rum, a vota��o pode ser adiada", disse o democrata. Se houver tempo h�bil, ele pretende colocar a vota��o na pauta antes do in�cio da campanha.
O adiamento da vota��o poderia ser visto como uma vit�ria de Cunha. O n�mero m�nimo necess�rio para a realiza��o da vota��o em plen�rio � de 257 deputados, de um total de 513. No entanto, em �poca de elei��o municipal, muitos parlamentares costumam viajar para participar de campanha, seja como candidato a prefeito ou como padrinho pol�tico de algum candidato. Os deputados aliados de Cunha poderia usar a campanha como desculpa para faltar � sess�o. (Andr� �talo Rocha - [email protected])