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Estado de Minas

Empresa suspeita de elo com Juc� obteve R$ 30 milh�es


postado em 20/07/2016 13:13

Bras�lia e S�o Paulo, 20 - A Ibatiba Assessoria, Consultoria e Intermedia��o de Neg�cios, citada em dela��o de um ex-executivo da Andrade Gutierrez como empresa utilizada para repassar propina ao senador Romero Juc� (PMDB-RR), recebeu R$ 30 milh�es de empreiteiras investigadas na Opera��o Lava Jato. De acordo com o Minist�rio P�blico Federal, os repasses foram feitos pela pr�pria Andrade, Mendes J�nior e OAS de 2010 a 2012.

Em sua dela��o premiada homologada em abril deste ano, o ex-diretor de Energia da Andrade Gutierrez Fl�vio Barra afirmou que Juc� indicou como a propina deveria ser repassada.

Alvo de tr�s inqu�ritos relacionados � Lava Jato, o senador peemedebista foi um dos principais articuladores pol�ticos do presidente em exerc�cio Michel Temer. Ele deixou o cargo de ministro do Planejamento em maio, ap�s divulga��o de conversa gravada com o ex-presidente da Transpetro S�rgio Machado. Na conversa, o senador sugere um pacto para deter o avan�o das investiga��es da opera��o.

Em depoimento que cita Juc�, o ex-executivo da Andrade Gutierrez disse aos procuradores de Curitiba que a Ibatiba operava como uma das empresas de fachada utilizadas para escoar propina paga pela empreiteira em raz�o da constru��o da Usina Angra 3, no Rio.

O montante movimentado nas contas da Ibatiba foi identificado ap�s a Procuradoria da Rep�blica solicitar a quebra de sigilo de um grupo de empresas apontadas como de fachada e ligadas � Mendes J�nior.

No pedido, os procuradores que integram a for�a-tarefa da Opera��o Lava Jato em Curitiba apontam que, "n�o obstante os vultosos recebimentos, a Ibatiba, no per�odo de 2010 e 2012, n�o declarou possuir qualquer funcion�rio e n�o efetuou qualquer pagamento a contribuintes individuais, sejam pr�-labore ou aut�nomos, conforme se verifica a partir do exame de suas Guias de Recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Servi�o (FGTS)". Os procuradores consideram que essa � uma evid�ncia de que a empresa foi usada para repassar propina.

Sociedade

A Ibatiba tem como s�cios o empres�rio Jos� Augusto Ferreira dos Santos e seus filhos, Fabio Augusto e Felipe Guimar�es. Santos � mais conhecido por ter sido um dos acionistas do Banco BVA, alvo de interven��o e posterior liquida��o judicial pelo Banco Central.

Em um de seus depoimentos aos investigadores, o ex-executivo da Andrade Gutierrez afirmou que Juc� pediu para que a empreiteira procurasse Santos "para viabilizar o pagamento da propina". Em um primeiro momento, o banqueiro sugeriu que a construtora fizesse um investimento no BVA e, "do rendimento, seria retirado o dinheiro para o pagamento das vantagens indevidas".

A opera��o, no entanto, foi negada pela empreiteira. Foi ent�o que Santos indicou a Ibatiba para celebrar contratos fict�cios, segundo relato de Barra. "� manifestamente improv�vel que a Ibatiba efetivamente tenha prestado os servi�os pelos quais foi contratada pelas empreiteiras Mendes J�nior, Andrade Gutierrez e OAS, que motivaram transfer�ncias de milh�es de reais", afirma o Minist�rio P�blico Federal no trecho do relat�rio em que trata dos pagamentos � empresa.

Cita��es

Atual presidente em exerc�cio do PMDB, Juc� j� foi citado em outras dela��es premiadas na Opera��o Lava Jato.

Ele foi apontado por executivos da Camargo Corr�a e pelo ex-presidente da Transpetro como um dos parlamentares que recebiam parte da propina destinada ao PMDB por obras da Petrobras e por contratos no setor el�trico.

O peemedebista ainda foi apontado pelo ex-executivo do grupo Hypermarcas Nelson Mello como um dos benefici�rios de propina de cerca de R$ 30 milh�es enviada a senadores do PMDB por meio do lobista Milton Lyra. Em outra opera��o, a Zelotes, o senador � alvo de investiga��o sobre suposta venda de medida provis�ria.

Banco BVA

Na Lava Jato, o Banco BVA j� foi citado na 21.� fase da opera��o, a Passe Livre, que levou � pris�o o pecuarista e amigo do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva, Jos� Carlos Bumlai. No despacho em que autorizou a deten��o provis�ria, o juiz federal S�rgio Moro destacou que o pecuarista "recebeu empr�stimos vultosos do Banco BVA meses antes da interven��o por este sofrida da parte do Banco Central".

"Embora os cr�ditos n�o estejam esclarecidos, foi poss�vel identificar pelo menos um empr�stimo tomado por Jos� Carlos Bumlai do Banco BVA no valor de R$ 3.817.000 em 25 de julho de 2012", registrou Moro.

O BVA aparece tamb�m na dela��o premiada do ex-diretor de Internacional da Petrobras Nestor Cerver�.

Segundo ele, "entre 2009 e 2010", houve uma ordem do ent�o ministro de Minas e Energia, Edison Lob�o (PMDB-MA), para atender o Banco BVA na participa��o da Petros, fundo de pens�o dos funcion�rios da Petrobras.

Segundo Cerver�, Jos� Ferreira dos Santos era amigo de Lob�o. O delator relatou que o neg�cio foi feito e, alguns anos depois, o banco faliu e a Petros perdeu o dinheiro investido.

Defesas

O criminalista Ant�nio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, que representa os ex-ministros Romero Juc� e Edison Lob�o, disse que as afirma��es dos delatores s�o "falsas". Segundo o criminalista, Juc� "jamais teve intimidade" com Jos� Augusto Ferreira dos Santos, da Ibatiba. J� Lob�o, segundo o advogado, "n�o tinha amizade" com o empres�rio. O criminalista Marcelo Leonardo, que defende a Mendes J�nior, disse que n�o tem informa��o sobre neg�cio da empreiteira com a Ibatiba.

A Hypermarcas, na �poca em que a dela��o de Nelson Mello foi divulgada, disse que o ex-funcion�rio autorizou despesas por iniciativa pr�pria. O Estado procurou a defesa de Santos, mas n�o obteve resposta. A defesa da OAS n�o quis comentar. A Andrade Gutierrez tem afirmado que colabora com a Justi�a. As informa��es s�o do jornal

O Estado de S. Paulo.


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