S�o Paulo - A Justi�a Federal em Mato Grosso do Sul abriu a��o penal contra o ex-secret�rio Estadual de Obras e Transportes e ex-deputado federal Edson Giroto (PR-MS), o ex-deputado estadual e ex-prefeito de Parana�ba (MS), Wilson Roberto Mariano de Oliveira, o empres�rio Jo�o Alberto Krampe Amorim dos Santos e mais 10 investigados por lavagem de R$ 45 milh�es e desvio de recursos p�blicos. Segundo o Minist�rio P�blico Federal, a Justi�a recebeu as tr�s primeiras den�ncias ajuizadas ap�s a Opera��o Lama Asf�ltica.
Giroto comandou a secretaria durante os mandatos do ex-governador Andr� Puccinelli (PMDB). Retornou o cargo em 2013 e 2014. Ele foi preso duas vezes e alvo de buscas na Opera��o Lama Asf�ltica.
Na 1ª fase, em 9 de julho de 2015, Giroto foi alvo de buscas. Na �poca, ele era assessor especial do Minist�rio dos Transportes, onde estava desde mar�o de 2015. Ap�s a deflagra��o da 1ª fase, Giroto pediu afastamento.
Na 2ª fase da Lama Asf�ltica, o ex-secret�rio foi preso temporariamente. A cust�dia foi transformada em preventiva, Girotto ficou detido por 43 dias e foi solto ap�s decis�o do Supremo Tribunal Federal (STF). Na Avi�es de Lama, 3ª etapa da Lama Asf�ltica, Edson Girotto foi preso preventivamente.
A Procuradoria da Rep�blica informou que o grupo � formado por pol�ticos, funcion�rios p�blicos com v�nculo estatut�rio e contratual com o Estado de Mato Grosso do Sul e administradores de empresas contratadas pelo Poder Executivo.
As den�ncias apontam para a lavagem de ativos em valores superiores a R$ 45 milh�es, por meio da aquisi��o de fazendas em nome de parentes. O dinheiro seria fruto de desvio de recursos p�blicos gerenciados pelo governo de Mato Grosso do Sul.
"A investiga��o revelou que a organiza��o criminosa funcionou, ao menos de 2007 at� 2014, no Poder Executivo do Estado de Mato Grosso do Sul, notadamente na Secretaria Estadual de Obras P�blicas e de Transportes e na Ag�ncia Estadual de Gest�o de Empreendimento (Agesul), voltada ao desvio de recursos p�blicos provenientes do Estado de Mato Grosso do Sul, Uni�o e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econ�mico e Social (BNDES)", informou a Procuradoria em nota.
Defesas
O advogado Valeriano Fontoura, que defende Edson Giroto, Rachel Giroto e Fl�vio Scrocchio, manifestou-se sobre a decis�o judicial. "Tomamos ci�ncia hoje da den�ncia. O que se apura e � tido como lavagem s�o bens que est�o em nome dos meus clientes, o Fl�vio, a Rachel e o Giroto. S�o bens que foram declarados no Imposto de Renda quando da aquisi��o, valores comprados em pre�o de mercado. A evolu��o patrimonial deles � compat�vel com as aquisi��es que foram feitas. N�o h� que se falar em crime de lavagem at� porque inexistem crimes antecedentes que possam caracterizar a lavagem", afirmou o advogado.