S�o Paulo, 28 - O Minist�rio P�blico Federal no Rio apresentou nesta quarta-feira, 28, a primeira den�ncia da for�a-tarefa da Opera��o Lava Jato no Estado contra 15 pessoas suspeitas de envolvimento em esquema de fraudes em licita��es em contratos entre Eletronuclear e as empresas Andrade Gutierrez e Engevix para as obras da Usina de Angra 3.
A den�ncia da Opera��o Pripyat acusa formalmente ex-dirigentes da Eletronuclear por crimes como corrup��o, lavagem de dinheiro e organiza��o criminosa. A for�a-tarefa aponta que "para distribui��o da propina, foi criada uma verdadeira contabilidade pela construtora Andrade Gutierrez, entre 2008 e 2014, com sistem�tico pagamento de vantagens aos envolvidos na organiza��o criminosa".
Dentre os acusados est�o os ex-dirigentes da Eletronuclear Luiz Manuel Amaral Messias, Jos� Eduardo Brayner Costa Mattos, Edno Negrini e P�rsio Jos� Gomes Jordani, al�m de ex-executivos da Andrade Gutierrez e Engevix. Os valores destinados ao n�cleo pol�tico s�o investigados no Supremo Tribunal Federal (STF).
Indiv�duos citados na reportagem se manifestaram sobre as acusa��es nesta quinta-feira, 28. O advogado Fabrizio Feliciano, que defende Luiz Messias, disse que seu cliente "j� prestou todos os esclarecimentos � Pol�cia Federal, respondendo a todas as perguntas que lhe foram feitas, e negou, veementemente, a pratica de qualquer ilegalidade".
"A den�ncia ajuizada ontem pelo Minist�rio P�blico Federal � baseada na palavra de pessoas que assinaram acordo de colabora��o premiada e que, com isso, buscam obter benef�cios da Justi�a pelos crimes que j� confessaram. Tais pessoas, contudo, n�o apresentaram nenhuma prova do envolvimento de Luiz Messias, que, repita-se, est� preso e denunciado com base apenas na palavra de delatores", finaliza Feliciano.
O advogado Andr� Perecmanis, que defende P�rsio Jose Gomes Jordani, tamb�m se manifestou. "Estamos tranquilos quanto � inoc�ncia dele. Do que a gente viu, a situa��o dele � muito diferente das demais, inclusive, nos crimes que s�o atribu�dos a ele. A nossa preocupa��o � com a sa�de dele, um homem de 70 anos com problema s�rio de sa�de. Estamos mais preocupados com a liberdade dele."
O advogado Braz Fernando Sant'anna, que defende Jos� Eduardo Costa Mattos, afirmou que est� tomando ci�ncia da den�ncia. "(Com) o que tem nas investiga��es at� agora realmente n�o vejo elementos para uma denuncia consistente", disse.
"A jurisprud�ncia nacional se modificou com a Opera��o Lava Jato", disse o advogado Luis Rassi, defensor de Edno Negrini. "A pris�o de Edno Negrini, mesmo considerando o novo posicionamento jurisprudencial � um absurdo. Uma dela��o vazia, sem provas, mesmo para o 'padr�o Lava Jato', � insuficiente para qualquer pris�o ou processo. Edno, apesar de inocente, esta preso por um nada jur�dico", afirmou.
A Andrade Gutierrez disse � reportagem que n�o iria se pronunciar sobre o assunto.
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Envolvidos em den�ncia da Opera��o Pripyat se defendem das acusa��es
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