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Estado de Minas

Fundador do MBL se candidata � prefeitura de Porto Alegre ap�s deixar grupo


postado em 05/08/2016 19:07

Porto Alegre, 05 - O candidato mais jovem � prefeitura de Porto Alegre nas elei��es de 2016 tem 31 anos e uma carreira pol�tica recente. F�bio Ostermann se filiou ao PSL em dezembro do ano passado e, em pouco tempo, se tornou presidente do partido no Rio Grande do Sul. Antes disso, foi um dos fundadores do Movimento Brasil Livre (MBL) em 2014, ao lado do paulista Renan Santos, e participou da organiza��o dos protestos contra a corrup��o e contra o governo de Dilma Rousseff.

A candidatura de Ostermann n�o � isolada. Muitas lideran�as surgidas nas manifesta��es pr�-impeachment se lan�aram na pol�tica de olho no pleito de outubro. Em Porto Alegre, por exemplo, h� integrantes do MBL que v�o concorrer a vereador pelo PSDB e pelo Partido Novo.

No caso de Ostermann, ele � um "ex-MBL". Formado em Direito e mestre em Ci�ncias Sociais, j� foi considerado uma esp�cie de mentor intelectual do grupo. No seu curr�culo acad�mico, constam passagens por escolas norte-americanas como a Georgetown University. Depois de organizar manifesta��es em Porto Alegre e S�o Paulo, ele se desligou do MBL em novembro de 2015, pouco antes de se unir ao PSL.

"A forma como concebi o MBL foi muito mais para ser uma organiza��o que defendesse os valores liberais, e n�o uma organiza��o anti-petista ou anti-Dilma. Comecei a ser um voto vencido em rela��o a ter uma pauta mais progressista e menos reacion�ria", disse � reportagem.

Embora garanta que saiu de forma tranquila, "sem briga", Ostermann critica o rumo tomado pelo movimento que ajudou a criar. Segundo ele, apesar de sempre ter defendido abertamente o impeachment, o MBL, na sua origem, teve um car�ter mais ideol�gico e program�tico. "Depois, acabou se rendendo muito mais � 'meme pol�tica' do que propriamente a uma pol�tica fundamentada em ideias e valores. A organiza��o se voltou para a ditadura dos likes", falou.

Como candidato, Ostermann quer se posicionar como uma alternativa � "velha pol�tica" tanto da esquerda quanto da direita. Entre suas bandeiras, est� o liberalismo econ�mico, a reorganiza��o dos espa�os p�blicos, a necessidade de recorrer a privatiza��es e tamb�m a defesa das liberdades individuais.

Em Porto Alegre, o MBL optou por apoiar a candidatura a prefeito do deputado federal Nelson Marchezan Junior, do PSDB. "Fizemos um trabalho forte com ele pelo impeachment no Congresso, de ir atr�s de votos de indecisos. Al�m disso, ele defende uma pauta que consideramos muito importante, que � de moraliza��o do gasto p�blico, de evitar aumento de despesas num momento de crise", disse Renan Santos. A lideran�a nacional do movimento est� estudando quais candidatos vai apoiar em outras capitais. Em S�o Paulo dever� ser Jo�o D�ria, tamb�m do PSDB.

Al�m desses apoios informais, o MBL lan�ar� as candidaturas de integrantes do movimento. Em S�o Paulo, por exemplo, Fernando Holiday concorrer� a uma vaga na C�mara de Vereadores, pelo DEM. Em Porto Alegre, Ramiro Ros�rio tentar� se eleger vereador pelo PSDB e Matheus Sperry, pelo Partido Novo. A lista dos candidatos "puro-sangue" do MBL tem no total 43 nomes de diferentes cidades. S�o todos aspirantes a vereador, com exce��o de um vice-prefeito. Alguns aproveitaram as manifesta��es pr�-impeachment do �ltimo domingo para fazer corpo a corpo com os eleitores.

De acordo com Renan Santos, ser� lan�ado um site com os nomes, propostas e compromissos de cada candidato do MBL. "Eles far�o uma carta em v�deo se comprometendo com os valores e compromissos assumidos com os eleitores. Se eles n�o cumprirem, seremos os primeiros a cobrar", disse.

Ele acredita que o surgimento de candidaturas com a chancela do MBL � algo natural. "Todos os movimentos sociais de massa no mundo todo redundam em for�a pol�tica que necessariamente tem que ser expressa em representa��o parlamentar. Isso tem que acontecer", defende.

F�bio Ostermann tamb�m v� o processo com naturalidade. "As lideran�as pol�ticas do futuro precisam emergir de algum lugar. A viv�ncia em um movimento social � uma viv�ncia pol�tica, assim como � a viv�ncia em uma associa��o de classe ou em uma organiza��o sindical. Acho, sim, que pode servir como prepara��o para uma atua��o pol�tico-partid�ria", avaliou.

Para o ga�cho, no entanto, os movimentos sociais n�o podem sucumbir aos partidos. Segundo Ostermann, as organiza��es devem pautar as legendas, e n�o o contr�rio. Nesse sentido, ele acredita que o pleito deste ano ser� um divisor de �guas. "Acho que vai servir como aprendizado e amadurecimento. Depois das elei��es, os movimentos talvez tenham que se reorganizar, se reagrupar, e a partir da� seguir encontrando novas pautas de acordo com seus valores", disse.


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