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Estado de Minas

Delator acusa prefeita de Governador Valadares em megaesquema de corrup��o

Elisa Costa � citada, em dela��o premiada feita ao MP por ex-secret�rio de Obras, como benefici�ria de propina de R$ 60 mil a ser paga por prestadoras de servi�o � prefeitura


postado em 15/08/2016 07:00 / atualizado em 15/08/2016 09:12

A prefeita de Governador Valadares, Elisa Costa (PT), foi citada pela primeira vez no megaesquema de corrup��o que deu origem � Opera��o Mar de Lama, a for�a-tarefa que apura desvio de er�rio, superfaturamento em contratos e fraudes em licita��es na maior cidade do Vale do Rio Doce. J� o Partido dos Trabalhadores foi acusado de arrecadar propina para financiar a campanha � elei��o municipal deste ano. A cita��o do nome de Elisa e a acusa��o contra a legenda constam na dela��o premiada prestada ao Grupo de Atua��o Especial de Repress�o ao Crime Organizado (Gaeco) do Minist�rio P�blico do Estado de Minas Gerais (MPMG) por Vilmar Rios J�nior, apelidado de Juninho Tabajara e tido como tesoureiro da quadrilha. Ele foi secret�rio municipal de Obras e diretor do Servi�o de Abastecimento de �gua e Esgoto (Saae), autarquia municipal onde trabalhavam os cabe�as da organiza��o criminosa,  e acabou detido na primeira fase da opera��o, em abril passado.


Tabajara afirmou que o nome da petista consta numa rela��o de pessoas que deveria receber propina de empresas que prestam servi�o � prefeitura. Acrescentou que a quantia a ser paga a Elisa seria de R$ 60 mil, referente “a empr�stimos para a campanha de 2012”, quando ela foi reeleita. O repasse, contudo, n�o foi feito pelo tesoureiro. Ele n�o soube informar se algu�m o fez.

A prefeita, em nota, recha�ou veementemente ter recebido qualquer vantagem indevida. “Jamais recebi do delator quaisquer valores indevidos seja para o que for. Ali�s, o pr�prio delator, em sua dela��o, no que diz respeito aos supostos gastos de minha campanha eleitoral, afirma, categoricamente, que ‘n�o efetuou qualquer pagamento (...) e nem ficou sabendo se algum pagamento foi realizado’”, informou a prefeita em nota.

A for�a-tarefa vai se aprofundar na dela��o premiada que cita a prefeita. Como Elisa tem foro privilegiado, os investigadores avaliam se o caso deve ser encaminhado ao Tribunal de Justi�a, que tem compet�ncia para autorizar apura��o contra chefes de Executivos municipais, ou ao Tribunal Regional Federal (TRF), uma vez que parte dos crimes praticados pela quadrilha � no �mbito da Uni�o. A opera��o ainda pode entender se tratar de crime eleitoral. Neste caso, o assunto ser� declinado ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE).

ELEI��O O delator ainda informou que tentou conseguir propina para ele pr�prio por meio de contratos que j� estavam em vigor. Contudo, foi informado por outros membros da organiza��o que as vantagens indevidas j� estavam com cartas marcadas. Vilmar disse, por exemplo, que “o contrato de ilumina��o p�blica j� estava com os valores indevidos comprometidos com Omir (Quintino, bra�o-direito da prefeita e apontado como um dos cabe�as do esquema) para custear a campanha a prefeito de Leonardo Monteiro”.  Deputado federal, Monteiro, at� a deflagra��o da Mar de Lama, era tido como candidato certo do partido � sucess�o de Elisa. A reportagem n�o conseguiu contato com o parlamentar, que n�o vai disputar a elei��o.

A Mar de Lama se transformou em dor de cabe�a para v�rios pol�ticos de Governador Valadares. Desde abril, quando foi deflagrada a primeira das sete fases, 25 pessoas foram detidas, entre elas cinco vereadores, cinco secret�rios municipais e o ex-procurador-geral do munic�pio. Diretores do Saae, uma das principais autarquias do Leste de Minas, tamb�m foram detidos. Outros investigados, como seis vereadores, foram afastados de suas fun��es por decis�o judicial. O nome da opera��o � uma refer�ncia ao estrago causado pelas chuvas de 2014 na cidade. Para reparar parte dos estragos, o governo federal repassou aproximadamente R$ 4 milh�es � prefeitura. Boa parte do dinheiro, contudo, foi desviada pela quadrilha. Durante as investiga��es, foram descobertas outras irregularidades.


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