Bumlai recorre ao STF para n�o voltar � pris�o

Bras�lia, 19 - A defesa do pecuarista Jos� Carlos Bumlai ingressou no Supremo Tribunal Federal (STF) com um pedido de habeas corpus para que ele continue a cumprir a pena em casa. Os advogados alegam quest�es de sa�de e pedem para que seja levado em conta o "estado indiscutivelmente debilitado do paciente".

Na semana passada, o juiz S�rgio Moro, respons�vel pela Lava Jato na primeira inst�ncia, determinou que Bumlai voltasse para a pris�o na pr�xima ter�a-feira, dia 23. O pecuarista, no entanto, foi internado esta semana e a data adiada para o fim do m�s.

"A simples not�cia de que ter� que voltar a cumprir pris�o preventiva em regime fechado causou-lhe forte abalo emocional, o que contribuiu para que seu estado f�sico, j� bastante debilitado, ficasse ainda mais vulner�vel. Assim � que, desde o dia 10 de agosto, os sintomas que o acometem tem se tornado mais frequentes, inclusive com a necessidade de consultas m�dicas de emerg�ncia", diz a pe�a da defesa.

No documento, os advogados pedem para que a volta � pris�o seja substitu�da por uma medida "cautelar menos gravosa", como o uso de tornozeleira eletr�nica.

O relator do caso � ministro Teori Zavascki, que pode tomar uma decis�o monocr�tica ou levar o pedido para ser analisado pelos demais ministros do Supremo.

Bumlai, de 71 anos, � acusado de corrup��o passiva, lavagem de dinheiro e por crimes financeiros no emblem�tico empr�stimo de R$ 12 milh�es da Schahin para o PT em 2004. Ele havia sido preso preventivamente, por ordem de Moro, em novembro de 2015, na Opera��o Passe Livre, desdobramento da Lava Jato.

Moro, a pedido da defesa de Bumlai e contrariamente � manifesta��o do Minist�rio P�blico Federal, em mar�o deste ano, concedeu pris�o domiciliar para que o pecuarista tratasse um tumor na bexiga. Durante o tratamento, o pecuarista passou por uma cirurgia card�aca e teve a pris�o domiciliar ampliada at� 19 de agosto.

A defesa de Bumlai pediu nova amplia��o do prazo e a Procuradoria da Rep�blica se manifestou de maneira contr�ria. Desta vez, por�m, Moro negou a prorroga��o da pris�o domiciliar do pecuarista e ordenou que Bumlai se apresentasse � Pol�cia Federal.