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Estado de Minas

Procuradoria liga mulher de Eduardo Cunha a esquema 'criminoso' na Petrobras


postado em 21/08/2016 17:43

S�o Paulo, 21 - O Minist�rio P�blico Federal ligou a mulher do deputado Eduardo Cunha (PMDB/RJ) ao "esquema criminoso" instalado na Petrobras. Em manifesta��o ao juiz federal S�rgio Moro, procuradores da Rep�blica da for�a-tarefa da Opera��o Lava Jato recha�aram exce��o de incompet�ncia em que Cl�udia Cruz alega "inexist�ncia" de conex�o entre os crimes a ela atribu�dos com os fatos apurados no esc�ndalo de corrup��o, cartel e propinas na estatal petrol�fera.

Por meio da exce��o de incompet�ncia, a defesa de Cl�udia pretendia tirar das m�os de Moro o processo em que ela � acusada da pr�tica dos crimes de evas�o de divisas - por manuten��o de n�o declarada de dep�sitos no exterior - e de lavagem de dinheiro. O recurso foi o mesmo utilizado, sem sucesso, pela defesa do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva para tentar tirar de Moro as a��es contra o petista.

A Lava Jato aponta que a mulher do ex-presidente da C�mara gastou no cart�o de cr�dito mais de US$ 1 milh�o em roupas de grife e restaurantes sofisticados na Europa. O dinheiro usado por Cl�udia, segundo a Lava Jato, era parte de propina que Eduardo Cunha teria recebido em 2011 na opera��o de compra pela Petrobras de um campo petrol�fero em Benin, na �frica.

A tese de defesa � que o juiz da Lava Jato n�o teria compet�ncia para conduzir a a��o e julgar Cl�udia. Seus defensores argumentam que o foro competente para o caso � o Rio.

�Ora, em se tratando do mesmo esquema criminoso, da mesma sociedade de economia mista vitimada, do mesmo diretor Internacional corrompido, do mesmo operador de propinas, de um deputado federal pertencente a um dos partidos pol�ticos beneficiados pelo esquema e dos mesmos valores provenientes da Petrobras que abasteceram a conta titularizada pela esposa do deputado, n�o � preciso muito esfor�o cognitivo e argumentativo para concluir que os casos s�o conexos e devem ser julgados pelo mesmo Ju�zo, j� que assim t�m-se um conhecimento integral dos fatos�, assinalou a Procuradoria da Rep�blica.

A manifesta��o � subscrita pelos procuradores da Rep�blica Orlando Martello, Diogo Castor de Mattos, Deltan Martinazzo Dallagnol e Jerusa Burmann Viecili. Eles integram a for�a-tarefa da Lava Jato.

�N�o h� que falar-se em incompet�ncia desse Ju�zo da 13.� Vara Federal de Curitiba para processar e julgar as acusa��es que recaem sobre a excipiente (Cl�udia Cruz), raz�o pela qual a presente exce��o deve ser rejeitada�, afirmam os procuradores.

Eles destacam que est� "documentalmente evidenciado" o fluxo financeiro dos valores das propinas acertadas na Diretoria Internacional da Petrobras, operacionalizadas pelo suposto operador do PMDB Jo�o Henriques "e efetivamente recebidas por Eduardo Cunha".

Os procuradores anotam que os valores il�citos "tiveram como um dos destinos finais a conta Kopek, controlada por Cl�udia Cruz".

�Da descri��o realizada, fica bastante evidente a �ntima conex�o objetiva entre os fatos denunciados e os demais fatos em apura��o na denominada Opera��o Lava Jato�, atestam.

Os procuradores citam outros personagens do epis�dio, como os ex-diretores de �rea Internacional da Petrobras, Nestor Cerver� e Jorge Luiz Zelada.

�O fluxo dessas propinas acertadas em contratos da Petrobras evidencia que parte desses valores transitou em conta banc�ria de Cl�udia Cordeiro Cruz, que utilizou tais recursos para pagar cart�o de cr�dito e bancar compras de luxo que fazia no exterior. Por outro lado, a denominada Opera��o Lava Jato apura a exist�ncia de um grande esquema de corrup��o e lavagem de dinheiro em diversas �reas da Petrobras, incluindo em boa parte v�rios contratos celebrados com a Diretoria Internacional da companhia, ocupada por Nestor Cerver� entre 20 de mar�o de 2003 e 7 de mar�o de 2008 e Jorge Luiz Zelada, co-r�u da referida a��o penal, entre 4 de mar�o de 2008 e 20 de julho de 2012.�

Cerver� e Zelada j� foram condenados por "solicita��o e recebimento de vantagens indevidas, tamb�m em contas secretas no exterior, em contratos com a Petrobras".


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