Bras�lia, 22 - Opositores do deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) apresentaram requerimento para tentar antecipar a vota��o em plen�rio do pedido de cassa��o do peemedebista, marcada para 12 de setembro. O requerimento foi protocolado pelo l�der da Rede, Alessandro Molon (RJ), e conta com apoio de outros seis partidos: PT, PCdoB, PDT, PSB, PPS e PSOL. No pedido, eles defendem que a vota��o seja realizada amanh�.
O objetivo do requerimento � constranger o presidente da C�mara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e l�deres de outros partidos, tachando-os como "protetores" de Cunha, por n�o apoiarem o pedido de antecipa��o. Isso porque os opositores do deputado afastado sabem que a chance de o requerimento ser analisado � pequena, uma vez que a decis�o de paut�-lo � de Maia, que j� afirmou ser contra adiantar a vota��o da cassa��o.
Para opositores de Cunha, o dia marcado pelo presidente da C�mara favorece o peemedebista, pois � uma segunda-feira, dia em que normalmente o qu�rum � baixo na Casa. Al�m disso, os advers�rios temem o movimento articulado por partidos como o PMDB de esvaziar o plen�rio em 12 de setembro, para provocar o adiamento da vota��o da cassa��o para depois das elei��es municipais, quando as chances de Cunha se salvar s�o maiores.
Parecer
Ontem, deputados do PSOL e Rede tamb�m pressionaram Maia em rela��o aos procedimentos da vota��o. No domingo, 21, a Coluna do Estad�o mostrou que aliados de Cunha pressionam o presidente da C�mara para que ele coloque em vota��o um projeto de Resolu��o, e n�o o parecer aprovado pelo Conselho de �tica da Casa. Diferente do parecer, o projeto permitiria que deputados apresentassem emenda para tentar aprovar uma pena mais branda do que a cassa��o.
Na reuni�o de l�deres, Molon e Alencar cobraram Maia sobre essa especula��o. Segundo os deputados, o presidente prometeu que colocar� o parecer aprovado pelo Conselho de �tica, como defende a Comiss�o de Constitui��o e Justi�a (CCJ) da C�mara. "Ele disse que n�o vai fazer nada de diferente do que sempre foi feito na Casa", disse Molon. "Ele disse que jamais alteraria o que � praxe da Casa", completou Alencar. Procurado, Maia n�o se pronunciou.