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Estado de Minas

Bate-boca com Gleisi pode levar Renan a votar pelo impeachment, dizem aliados


postado em 26/08/2016 17:01

Bras�lia, 26 - Interlocutores do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), avaliam que o bate-boca com aliados da presidente afastada, Dilma Rousseff, nesta sexta-feira, 26, o descola definitivamente da base de apoio da petista e ajuda a pavimentar o caminho para que vote contra a petista no julgamento do impeachment.

Nas etapas anteriores, Renan n�o se posicionou, sob o argumento de cumprir um papel institucional. O peemedebista, no entanto, vem fazendo mist�rio sobre como vai se comportar na etapa final do julgamento.

O governo do presidente em exerc�cio, Michel Temer, vem pressionando Renan para que apoie a deposi��o de Dilma. S�o necess�rios 54 votos, mas por ora 49 senadores se declararam favor�veis � cassa��o, segundo o Placar do Impeachment publicado pelo jornal

O Estado de S. Paulo

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� reportagem, aliados de Renan disseram que o desabafo em plen�rio, ao comparar o Senado a um "hosp�cio" e confrontar a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), sinaliza uma poss�vel mudan�a de postura no dia da vota��o.

A explos�o em plen�rio nesta sexta, por�m, n�o foi um improviso. Renan teria se mostrado incomodado com o tom adotado por petistas e, principalmente por Gleisi, no primeiro dia do julgamento. Parte do discurso, inclusive, foi preparada na v�spera. Uma declara��o, por exemplo, foi inspirada em texto de Nelson Rodrigues que ele leu na quinta. "Esta sess�o � uma demonstra��o de que a burrice � infinita", disparou.

Nesta sexta-feira, quem conversou com o peemedebista descreveu um outro personagem. No intervalo da sess�o, ap�s o bate-boca, Renan se queixou da "ingratid�o" dos petistas. N�o por acaso, afirmou em plen�rio ter ajudado Gleisi no Supremo Tribunal Federal. Reclamou que, em troca, ela abriu fogo contra a Casa, afirmando que os colegas n�o t�m moral para julgar Dilma.

Calma

Senadores governistas e de oposi��o se reuniram com o presidente do Senado no almo�o, na tentativa de apaziguar os �nimos no julgamento. A sess�o desta sexta-feira come�ou marcada por ataques de parte a parte.

Quatorze senadores dilmistas realizaram uma reuni�o, decidiram baixar o tom dos discursos e avaliaram ser necess�rio deixar o julgamento "fluir". A avalia��o foi de que os bate-bocas s�o prejudiciais � imagem da Casa e podem virar contra Dilma parlamentares que ainda n�o se posicionaram.

O grupo pr�-Dilma escalou Jorge Viana (PT-AC), vice-presidente do Senado, como porta-voz. O petista assegurou a Renan que a sess�o correria com mais sobriedade e avisou que Gleisi telefonaria para ele para buscar um entendimento.

Durante o intervalo, cerca de 30 passaram pelo gabinete de Renan. O l�der do PSDB no Senado, C�ssio Cunha Lima (PB), foi um dos que tentaram "acalmar" o presidente do Senado. Outros tucanos, por�m, aproveitaram o conflito para insufl�-lo contra o PT.

Alguns senadores entenderam que, ao dizer que intercedeu por Gleisi no Supremo, Renan sugeriu ter alguma influ�ncia sobre a Corte e constrangeu o ministro Ricardo Lewandowski, que conduz o julgamento do impeachment. Por isso, ele decidiu publicar uma nota explicando as declara��es.


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