Dilma v� tentativa de livrar Cunha ap�s fatiamento de processo de impeachment

S�o Paulo, 02 - A ex-presidente da Rep�blica Dilma Rousseff afirmou nesta sexta-feira, 2, que h� uma tentativa de usar a sua absolvi��o para ocupar cargos p�blicos para livrar tamb�m o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que enfrenta um julgamento por quebra de decoro na C�mara.

"Por que ser� que, de repente, quando est� sendo votada a quest�o da minha inabilita��o pol�tica no Senado, o nome de Cunha vem � publico, sendo que at� as emas do Alvorada sabem que a lei para mim � uma e para os deputados e senadores � outra?", questionou Dilma durante entrevista para jornalistas estrangeiros no Pal�cio do Alvorada.

"Est� por tr�s disso uma tentativa de introduzir no espa�o pol�tico a ideia de que, j� que me absolveram disso, ter�o de absolver tamb�m o Cunha. N�o mesmo. Isso n�o", afirmou enfaticamente.

Dilma ainda voltou a apontar as suspeitas contra Cunha e dizer que s�o diferentes, j� que ela n�o � acusada de possuir contas no exterior e nem de receber propina. "No entanto, eu sou julgada e ele n�o. A pr�pria imprensa noticia que h� uma press�o enorme para ele n�o ser julgado, pois caso contr�rio ele pode colocar n�o s� o presidente (Michel Temer) em quest�o, mas toda sua entourage", afirmou.

A presidente cassada acusou advers�rios de aprofundar a crise pol�tica para garantir o ambiente de impeachment. A situa��o, para ela, piorou ainda mais a situa��o econ�mica do Pa�s. "O que tinha de problema no Brasil logo no in�cio de 2015 era f�cil de ser corrigido. Se n�o se tivesse aprofundado a crise, como cuidaram de aprofundar para garantir esse ambiente de impeachment, o Brasil j� teria sa�do da crise", falou.

Fatiamento

A petista afirmou ainda que o processo de impeachment que a tirou do poder, n�o existindo um crime de responsabilidade, "tem uma imensa fragilidade jur�dica".

Ela voltou a explicar as argumenta��es t�cnicas de sua defesa, afirmando que outros presidentes j� haviam editado decretos de cr�dito suplementar id�nticos aos dela e que o Minist�rio P�blico Federal (MPF) deixou claro que a presidente n�o tem participa��o na execu��o do Plano Safra.