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Estado de Minas

Em S�o Paulo, Grito dos Exclu�dos destaca cr�tica a Temer


postado em 07/09/2016 18:01

S�o Paulo, 07 - Pela primeira vez desde que surgiu, h� 22 anos, o Grito dos Exclu�dos levou �s ruas nesta quarta-feira, 7, um tema mais ligado � pol�tica e focou suas manifesta��es no novo governo de Michel Temer. Historicamente, as manifesta��es t�m como temas direitos humanos, como o direito � terra, em 2011, ou da juventude, em 2014.

Para o coordenador da Central de Movimentos Populares (CMP), Raimundo Bonfim, um dos l�deres e organizadores do Grito dos Exclu�dos, "Fora Temer" e "Nenhum direito a menos" s�o as pautas das ruas neste momento.

Para o militante, o plano de governo do presidente Michel Temer vai levar milh�es de pessoas � exclus�o social. "Por isso estamos hoje pelo 'Fora Temer', porque n�o queremos chegar no ano que vem com o Grito dos Exclu�dos com ainda mais pessoas exclu�das do emprego, do acesso � sa�de, da educa��o, da moradia popular", afirma.

S� na capital paulista, o protesto reuniu 15 mil pessoas, de acordo com a organiza��o. A Pol�cia Militar n�o fez estimativa de p�blico. Militantes de partidos, movimentos sociais, mulheres, jovens e fam�lias se reuniram �s 9h na Pra�a Oswaldo Cruz, e depois seguiram pela Avenida Paulista e desceram pela Avenida Brigadeiro Luis Ant�nio, at� chegar ao Parque Ibirapuera, por volta de 12h30.

Com palavras de ordem pedindo o fim do presidente Michel Temer, os manifestantes atravessaram a cidade com bandeiras de movimentos sociais e organiza��es em punhos. "� bastante importante esse 22� Grito dos Exclu�dos, pelo momento pol�tico em que ele ocorre", avalia Kelli Mafort, dirigente nacional do Movimento dos Sem Terra, que tamb�m participou do ato.

A l�der acredita que os protestos e manifesta��o v�o se intensificar nas pr�ximas semanas. "N�o tenho d�vida que est� acontecendo uma retomada dos processos de luta. Com a consolida��o do golpe, h� um processo de retomada desse processo de rua, das manifesta��es", diz Malort.

Por volta de meio dia, o atual prefeito e candidato � reelei��o pelo PT, Fernando Haddad, acompanhado do ex-senador e candidato � vereador, Eduardo Suplicy, se juntou ao protesto. "Tietados" por manifestantes e por fot�grafos, eles seguiram at� o Morumbi na fileira da frente, com bon� do MST, carregando faixa com dizeres "Fora Temer, n�o ao golpe". Outros pol�ticos petistas, como a vereadora Juliana Cardoso, tamb�m participaram do ato.

Diretas J�

Quando n�o estavam entoado can��es de protesto ou palavras de ordem contra o presidente, manifestantes e organizadores no carro de som falavam em "Diretas J�". Ex-secret�rio dos Direitos Humanos da gest�o Haddad, Suplicy voltou a defender a realiza��o de elei��es diretas como a "solu��o mais sensata".

"Michel Temer tem que se dar conta de que para ele, de fato, pacificar e unificar o pa�s, ele tem que convocar uma consulta popular no dia 2 de outubro, quando todos os eleitores estar�o juntos �s urnas", disse o candidato petista. Suplicy acredita que, caso a popula��o decida pelas elei��es diretas, o pleito deve ser convocado por Temer at� dezembro deste ano.

Repress�o

Durante as quase quatro horas de manifesta��o, n�o houve nenhuma ocorr�ncia registrada pela Pol�cia Militar. Bem diferente do protesto de domingo, que acabou com bomba de g�s lacrimog�nio no metr� e a pris�o de 26 pessoas, dentre elas dez menores de idade - todas soltas no dia seguinte. A senten�a do juiz falava que o Brasil n�o pode legitimar "pris�o para averigua��o".

"� da natureza de governos autorit�rios e ileg�timos, que chegam ao governo sem voto, reprimir manifesta��es, usar a for�a", afirma o coordenador da CMP.

"Toda a��o ter� uma rea��o. Ent�o n�s continuaremos nas ruas, nos manifestando hoje, amanh�, domingo", concluiu. Os organizadores chamaram para um novo protesto contra o presidente na quinta-feira, �s 18h, no Largo da Batata.


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