Temer deu aval para adiar an�lise de reajuste no STF

Bras�lia, 10 - O presidente Michel Temer deu aval � opera��o de senadores aliados para impedir a an�lise anteontem do requerimento que aceleraria a vota��o do projeto que reajusta o subs�dio dos ministros do Supremo Tribunal Federal.

Em conversas reservadas, conforme apurou a reportagem, Temer indicou a parlamentares do PMDB e do PSDB que o momento n�o seria oportuno para aprovar o pedido que abriria caminho para a vota��o em plen�rio da proposta.

Ap�s o feriado de 7 de Setembro e em meio ao per�odo eleitoral, o governo mobilizou senadores da base a comparecer � Casa a fim de votar as duas primeiras medidas provis�rias assinadas por Temer quando assumiu interinamente o comando do Pa�s. As MPs iriam caducar anteontem se n�o fossem apreciadas. Ao mesmo tempo, o presidente sugeriu a interlocutores no Senado que era melhor adiar a vota��o do requerimento.

A a��o do Pal�cio do Planalto surtiu efeito. As MPs que institu�ram a reforma administrativa e o Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) foram aprovadas. E o requerimento para acelerar a vota��o do aumento do STF, subscrito por v�rios l�deres partid�rios, entre eles o l�der do PMDB, Eun�cio Oliveira (CE), n�o foi colocado em vota��o ap�s uma a��o de aliados de Temer que garantiu apoio suficiente para barr�-lo caso fosse apreciado.

A articula��o � considerada uma derrota para o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que h� semanas tentou articular a vota��o da proposta. Em conversas reservadas, o presidente do STF, Ricardo Lewandowski, chegou a externar a Renan Calheiros que desejava ver aprovado o reajuste dos ministros da Corte antes de deixar o comando do Supremo, no dia 12 de setembro. Lewandowski presidiu o julgamento do processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff.

Renan passou a trabalhar pela vota��o da mat�ria e chegou a chamar de �pequenez� as cr�ticas dos tucanos em rela��o ao impacto fiscal da mat�ria - que, na pr�tica, eleva o teto do funcionalismo p�blico e pode causar um �efeito cascata� para Uni�o, Estados e munic�pios.

�Confesso - e me penitencio - que eu tinha um compromisso com rela��o � convoca��o e � coloca��o dessa mat�ria na pauta e, at� mesmo com rela��o ao m�rito, eu acho que n�s deveremos vot�-la. � evidente que n�o h� como traz�-la para o plen�rio do Senado Federal, se n�o h� consenso�, disse Renan na noite de anteontem. As informa��es s�o do jornal

O Estado de S. Paulo.