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Estado de Minas

Minas tem 16 candidatos a prefeito que podem ser eleitos com voto �nico

Candidatos a prefeitos de 16 cidades mineiras n�o enfrentam concorr�ncia e precisam s� do pr�prio voto para serem eleitos. Mesmo assim, dizem que corpo a corpo na campanha � necess�rio para defender suas propostas de governo e garantir o apoio da popula��o


postado em 19/09/2016 06:00 / atualizado em 19/09/2016 07:32


Quem pensa que todo pol�tico tem que levantar cedo, gastar muito dinheiro e ficar na rua o dia todo para conseguir ser eleito est� enganado. Para alguns que tentam chefiar prefeituras – 16 em Minas Gerais e 97 no Brasil –, a campanha n�o � necess�ria. Isso porque eles s�o os �nicos em suas cidades que registraram candidatura e, por isso, basta o pr�prio voto para conquistar o mandato. Mesmo nessas condi��es, os candidatos mineiros garantem bater nas portas de casa em casa para convencer os eleitores a torn�-los ou mant�-los no cargo de prefeito.

� a primeira elei��o do cirurgi�o-dentista Samuel Alves de Matos (PMDB) e ele j� est� eleito, a n�o ser que tenha algum problema com a Justi�a Eleitoral no meio do processo. �nico que se candidatou � cadeira de prefeito em Vargem Bonita, no Centro-Oeste mineiro, ele largou o consult�rio para se dedicar o dia todo � campanha e trabalha para conseguir 90% dos votos da cidade. “Se n�o for assim, pode ter gente achando que estou fazendo servi�os em troca de votos”, comenta.

Aos 31 anos, o candidato tem como principal plataforma de governo o investimento no turismo. “Com�cio n�o precisa porque a cidade tem s� 2 mil habitantes, mas estou em campanha o dia todo. Estamos escutando bastante o pessoal e visitando praticamente todas as casas”, conta. Por acordo na regi�o, Samuel disse n�o usar carro de som nem faixas. “Aqui usamos adesivos, bandeirolas e santinho. Tenho dois funcion�rios no comit�”, afirma. O candidato n�o sabe dizer quanto gastar�, mas garante que ser� pouco.

Assim como em Vargem Bonita, � a primeira vez desde a d�cada de 1970 que Divisa Nova, no Norte de Minas, tem candidato �nico a prefeito. Quem concorre � o ex-secret�rio de governo da cidade, que j� foi vice-prefeito de 2009 a 2012, Elias Tassoti (PTB). Ele conta que no in�cio da campanha j� andou por cerca de oito horas di�rias na zona rural. Agora, percorre a �rea urbana do munic�pio, que tem pouco mais de 4 mil eleitores. “Estamos fazendo campanha neste momento. Aqui existe o hist�rico de ir de casa em casa falando com os eleitores. Estamos conversando para n�o ficar naquela de que candidato �nico n�o tem interesse, o povo que confiou na gente quer isso da gente”, garante.

A campanha de Elias Tassoti deve custar em torno de R$ 15 mil. “Gravamos m�sica de som na rua, estamos fazendo uma campanha normal, s� que barata”, explica. O candidato comemora a receptividade dos eleitores e diz que sua proposta � dar continuidade ao governo do atual prefeito, Jos� Luiz (PTB). Um dos focos � atrair empregos.

Em Inimutaba, na Regi�o Central, o prefeito Rafael Dotti de Carvalho (PR) tamb�m diz fazer campanha normalmente. Ele tenta um segundo mandato depois de conquistar o primeiro com 74% dos votos. “Sei que preciso s� do meu voto para ser eleito, mas quero ter um volume bom. Temos os deputados que ajudam a gente e querem o retorno em voto”, comenta. O prefeito tem feito reuni�es e pequenos com�cios. “Visita n�o est� dando tempo, porque tenho que administrar a cidade”, explcia. Rafael Dotti deu prioridade � campanha dos 52 candidatos a vereador para, s� depois, se dedicar � sua pr�pria. O candidato faz reuni�es � noite, depois de deixar o servi�o, e pretende gastar at� cerca de R$ 40 mil, metade do que precisou para se eleger no �ltimo pleito.

PROCURA POR ADVERS�RIO Professor de hist�ria e geografia, Adalto Leal (PR) resolveu concorrer de novo a prefeito de Esp�rito Santo do Dourado, no Sul de Minas, depois de um tempo fora do poder. Incomodado com a exclusividade da disputa, ele diz que at� tentou convencer outras pessoas, at� mesmo advers�rios, a se candidatarem, mas acabou sendo mais um candidato �nico. “Pedi para o povo ter op��o mas eles disseram n�o. Gostaria que tivesse outro para poder debater ideias, porque assim fica uma coisa meio esquisita”, diz.

Adalto Leal j� foi prefeito por tr�s vezes do munic�pio, que tem cerca de 6 mil habitantes. Ele diz que o principal problema � a sa�de. Atr�s de legitima��o nas urnas, o prov�vel futuro prefeito afirma que o voto do eleitor � “muito importante”. Adalto Leal � apoiado pelo atual prefeito, quem ele tamb�m apoiou anteriormente, e n�o abre m�o de fazer campanha. “Aqui tem que ser tarde, porque o pessoal trabalha na lavoura de morango. Vou para as casas a partir do meio-dia e ando at� as 19h, porque n�o gosto de incomodar as pessoas depois disso.”

C�digo Eleitoral Ao contr�rio do que muitos pensam, mesmo se a maioria dos eleitores de uma cidade digitarem nas urnas as op��es nulo ou branco, aquele que tiver mais votos, seja em qualquer quantidade, � eleito. Isso porque a nulidade das elei��es prevista no artigo 224 do C�digo Eleitoral se refere � constata��o de fraude no pleito. Ou seja, se os votos concedidos a um candidato que cometeu irregularidades e foi cassado ou condenado por isso forem mais da metade dos concedidos, a� sim o pleito pode ser anulado. Como os votos bancos e nulos n�o s�o v�lidos, ou seja, n�o s�o computados para a totaliza��o da disputa, e n�o h� concorrentes, basta apenas um voto para que os candidatos �nicos sejam eleitos prefeitos em seus munic�pios.

 

Reta final para 2ª via do t�tulo
Termina na quinta-feira, dia 22, o prazo para o eleitor pedir a segunda via do t�tulo dentro do seu domic�lio eleitoral. Para isso, ele deve estar quite com a Justi�a Eleitoral e comparecer ao seu cart�rio portando um documento oficial de identifica��o, como a carteira de identidade, a de trabalho ou as carteiras emitidas por �rg�os reguladores de profiss�o. A segunda via � apenas uma reimpress�o do documento, sem possibilidade de altera��o nos dados do eleitor. Todos os eleitores que forem justificar a aus�ncia no primeiro ou segundo turno devem preencher o formul�rio com o n�mero do t�tulo. A emiss�o do t�tulo � importante tamb�m para orientar melhor o eleitor no seu local de vota��o, ajudando-o a localizar sua se��o com mais rapidez.


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