Mantega nega encontro e pedido de R$ 5 mi para Eike, diz Batochio

S�o Paulo, 22 - O criminalista Jos� Roberto Batochio, defensor de Guido Mantega, disse nesta quinta-feira, 22, que o ex-ministro da Fazenda "nega peremptoriamente qualquer tipo de di�logo com o empres�rio Eike Batista". Segundo Batochio, o ex-ministro da Fazenda afirmou a ele que "nunca conversou" com Eike.

O ex-ministro foi preso com base na acusa��o do empres�rio que afirma ter repassado US$ 2,3 milh�es para o PT a pedido de Mantega. Nesta quinta, o ex-ministro foi preso pouco antes de 7 horas da manh� no hospital Albert Einstein, em S�o Paulo, onde acompanhava a mulher em um procedimento cir�rgico.

Ele foi levado � sede da Pol�cia Federal, mas n�o chegou a depor. Seria transferido para a PF em Curitiba, base da Lava Jato. Antes disso, por�m, o juiz S�rgio Moro revogou a ordem de pris�o tempor�ria do ex-ministro.

"N�o houve nenhum encontro com Eike. O ministro Mantega assegura que jamais tratou com o senhor Eike sobre contribui��o de campanha, sobre pagamento de despesas eleitorais. Portanto, o depoimento desse empres�rio � absolutamente falso", reagiu o criminalista Jos� Roberto Batochio.

Na avalia��o do advogado de Mantega, Eike Batista "percebeu que estava sendo investigado e, possivelmente, seria alcan�ado pela m�o da Pol�cia Federal". "Ent�o, procurou espontaneamente o Minist�rio P�blico Federal e fez um escambo, 'se n�o me prenderem posso acusar algu�m importante'", afirmou Batochio.

Eike n�o fez dela��o premiada, mas para Batochio o empres�rio agiu como colaborador em busca de benef�cios.

O advogado fez uma ironia com o fato de, ao denunciar Lula por corrup��o e lavagem de dinheiro, a Procuradoria da Rep�blica classificar o governo do petista de propinocracia. "Essa viol�ncia contra Guido Mantega mostra que a dela��o premiadocracia produz deformidades monstruosas. � preciso acabar com a dela��o premiadocracia ou vamos entrar numa conflagra��o social.", disse. "As liberdades individuais e as garantias pessoais est�o sequestradas no Brasil e o cativeiro � o Paran� (sede da Lava Jato). Urge libertar as liberdades."