
O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Gilmar Mendes, classificou de "chocante" e "deplor�vel" a morte de tr�s pessoas, entre elas o candidato a prefeito Jos� Gomes da Rocha (PTB), o Z� Gomes, na quarta-feira, em Itumbiara. O candidato morreu em tiroteio durante uma carreata na cidade, a 240 quil�metros de Goi�nia. Para o presidente da Corte Eleitoral, o atual quadro de viol�ncia � preocupante.
"(O epis�dio em Itumbiara) Deu a impress�o de atentado. As investiga��es ainda est�o sendo feitas, ainda n�o se tem claro qual foi a motiva��o, mas evidentemente parece estar associado a um contexto ou atua��o pol�tica. Isso certamente ser� devidamente esclarecido. Mas realmente se trata de um epis�dio chocante e deplor�vel para todos os t�tulos", disse o ministro a jornalistas.
Tamb�m participava da carreata o vice-governador e governador em exerc�cio de Goi�s, Jos� Eliton (PSDB). Eliton foi ferido no abd�men. O candidato a prefeito Jos� Gomes da Rocha estava ao lado do vice-governador na carroceria de uma caminhonete quando foi baleado na cabe�a por um homem que se aproximou do ve�culo.
O assassino, identificado como Gilberto Ferreira do Amaral, e um policial militar, o cabo Vanilson Rodrigues, morreram em seguida durante um tiroteio.
O presidente do TSE entrou em contato com o ministro da Justi�a, Alexandre de Moraes, e pediu que a Pol�cia Federal investigue o assassinato.
Explica��o e demais casos
Questionado sobre outros epis�dios de viol�ncia envolvendo candidatos nesta campanha eleitoral, Gilmar Mendes disse que o TSE est� acompanhando os casos "com muita aten��o". "Estamos atendendo aos pedidos feitos pelos tribunais regionais e governadores para presen�as de for�as federais nos v�rios Estados", destacou.
Na �ltima segunda-feira, o presidente da Portela e candidato a vereador pelo PP, Marcos Vieira de Souza, conhecido como Marcos Falcon, foi assassinado a tiros em Campinho, zona norte do Rio, em pleno comit� de campanha. Ele era ex-policial militar, acusado de liga��o com mil�cias e estava jurado de morte havia meses, segundo investiga��o da Pol�cia Civil do Rio.
"Estamos ainda carentes de explica��o (sobre a morte de candidatos nessas elei��es), no Rio de Janeiro n�s temos a presen�a de mil�cias, a quest�o do crime organizado, narcotr�fico. Estivemos duas vezes na Baixada Fluminense, conversamos com as autoridades, discutimos a presen�a das For�as Armadas e Nacional", ressaltou Gilmar Mendes.
Para o presidente do TSE, "aparentemente" a maioria dos casos de morte de candidatos est� relacionada a quest�es eleitorais. "Embora tamb�m as autoridades do Rio tenham dito que havia disputa de algumas atividades ligadas ao crime comum, ao crime ordin�rio, mas isso envolve sempre mil�cias, envolve o narcotr�fico. Alguns candidatos est�o associados, o que traz uma outra preocupa��o, que � o crime organizado participando do processo eleitoral, isso realmente � algo delicado", acrescentou Gilmar Mendes.
"Certamente, as pol�cias e �rg�os de intelig�ncia t�m que dar aten��o a esses desdobramentos. N�o � poss�vel simplesmente impedir que essas pessoas se candidatem, se elas n�o forem atingidas por lei de inelegibilidade (...) A �ltima coisa que podemos desejar � a presen�a do crime organizado no sistema pol�tico", comentou.