S�o Paulo, 03 - O presidente da Rep�blica, Michel Temer, comentou nesta segunda-feira, 3, durante visita � Argentina, a elei��o municipal ocorrida no �ltimo domingo, 2, no Brasil. Falando ao lado do mandat�rio argentino, Maur�cio Macri, Temer foi questionado sobre se teria fugido de manifesta��es que estavam programadas contra ele no seu local de vota��o, em um col�gio de S�o Paulo. "Os protestos s�o naturais na democracia, eu n�o me incomodo com eles. Eu estava programado para votar em um determinado hor�rio, mas surgiu um compromisso e eu votei �s 8h. A imprensa toda estava l�. Agora, se estava programado um protesto na minha vota��o e eu evitei, tanto melhor para mim", afirmou.
Temer comentou que n�o participou das elei��es, justificando que sua base de apoio parlamentar � muito grande e contava com candidatos em v�rias cidades, sendo que em muitos locais eles concorriam com postulantes do seu partido, o PMDB. "Como presidente, n�o participei de nenhuma campanha, n�o sa� do meu gabinete, n�o gravei nenhum v�deo, nem no meu Estado", afirmou.
O presidente comentou que o PMDB sempre consegue o maior n�mero de prefeituras no Pa�s e que inclusive houve um pequeno aumento no n�mero de cidades comandadas pelo partido nesta elei��o. "O PMDB tem muita capilaridade".
Ao lado de Macri, presidente brasileiro comentou que os dois pa�ses vizinhos enfrentam problemas parecidos, como o desemprego e o combate � pobreza. Temer lembrou que o Planalto enviou ao Congresso a PEC dos gastos e que isso deve dar maior credibilidade ao governo, gerando confian�a na economia e atraindo investimentos. "A gente s� combate o desemprego com investimento, e quem faz isso � a iniciativa privada. Temos dito que o poder p�blico n�o pode fazer tudo por sua conta, se fosse assim, bastaria criar milh�es de cargos no servi�o p�blico, como parece que aconteceu na Argentina", comentou em uma cr�tica velada � antecessora de Macri no cargo, Cristina Kirchner, que � acusada de criar milh�es de cargos comissionados na administra��o p�blica.
Macri foi questionado ainda sobre a possibilidade de os pa�ses do Mercosul buscarem acordos comerciais fora do bloco, como por exemplo para destravar as tratativas com a Uni�o Europeia. Ele respondeu que Brasil e Argentina tem uma longa parceria e que devem percorrer um caminho conjunto. "Junto com o Brasil est� tudo bem, tudo joia, tudo legal", falou em portugu�s.