Bras�lia, 04 - O deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) disse nesta ter�a-feira, 4, que n�o est� "nem um pouco preocupado" com eventual continuidade do processo disciplinar no Conselho de �tica da C�mara. Hoje, o relator Odorico Monteiro (PROS-CE) defendeu o andamento do processo por considerar que Bolsonaro n�o poderia fazer um discurso dedicado ao coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, reconhecido pela Justi�a como torturador na ditadura militar.
Bolsonaro n�o compareceu � sess�o do colegiado, chegou apenas no final para dar entrevistas. O deputado chamou o voto do relator de "hip�crita" e disse que a legisla��o considera que as opini�es e palavras de um parlamentar s�o inviol�veis. "Ou temos imunidade ou n�o temos. N�o vou ficar de c�coras para n�o ser punido", disse.
Na sess�o plen�ria do dia 17 de abril, quando os deputados aprovaram a admissibilidade do processo de impeachment da hoje ex-presidente Dilma Rousseff, Bolsonaro fez um discurso que causou revolta no plen�rio. "Nesse dia de gl�ria para o povo brasileiro, tem um nome que entrar� para a hist�ria nessa data, pela forma como conduziu os trabalhos nessa Casa. Parab�ns presidente Eduardo Cunha. Perderam em 64, perderam agora em 2016. Pela fam�lia e pela inoc�ncia das crian�as em sala de aula, que o PT nunca teve. Contra o comunismo. Pela nossa liberdade contra o Foro de S�o Paulo. Pela mem�ria do coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, o pavor de Dilma Rousseff. Pelo Ex�rcito de Caxias, pelas nossas For�as Armadas. Por um Brasil acima de tudo e por Deus acima de todos, o meu voto � sim", discursou.