Acusado pelo candidato Jo�o Leite (PSDB) de “n�o ter a experi�ncia necess�ria para administrar Belo Horizonte”, o candidato Alexandre Kalil (PHS) contra-atacou, criticando a trajet�ria do advers�rio. “O Jo�o Leite nunca administrou nada. Eu pelo menos j� administrei um clube. Ele nunca trabalhou na vida sem ter patr�o. Qualquer pessoa que administrou uma loja ou uma lanchonete de vender vitamina de morango j� fez mais do que ele. Ele tirou a luva de goleiro e vestiu a gravata de deputado”, afirmou Kalil durante videochat ao vivo para o Portal Uai na tarde de ontem.
O ex-presidente do Atl�tico disse ter mais experi�ncia com administra��o do que Jo�o Leite, citando a��es de redu��o de custos durante sua gest�o � frente do clube mineiro. “Sei o que � administrar, cortar gastos, j� fiz isso. Jo�o Leite nunca administrou nada. Ele sempre foi funcion�rio p�blico mandado, hora pelo Patrus, do PT, hora pelo Marcio Lacerda (PSB). Respeito muito o Jo�o Leite, mas ele n�o pode desclassificar ningu�m”, disse Kalil.
Durante 30 minutos, o candidato respondeu a perguntas de internautas dos portais UAI e Em.com, e de jornalistas do Estado de Minas. – a entrevista chegou a ocupar o segundo lugar nos trending topics do Twitter. Ao falar sobre o grande n�mero de eleitores que n�o votaram ou que anularam o voto no primeiro turno da elei��o, Kalil avaliou que a situa��o reflete o momento ruim da pol�tica no pa�s. “Eu entendo os que n�o votaram. Entendo a indigna��o, a revolta. Mas digo para esse eleitor que temos a responsabilidade de votar. Responsabilidade com a popula��o que est� abandonada na cidade”.
O candidato defendeu que o Or�amento Participativo (OP) seja prioridade da prefeitura no setor de obras p�blicas, no lugar de obras como a constru��o do novo centro administrativo – proposta da atual gest�o de Lacerda que seria constru�do pr�ximo � rodovi�ria, no Centro da capital – e da nova rodovi�ria. “Temos obras paradas e abandonadas pela cidade que precisam ser finalizadas. As obras do OP precisam ser valorizadas. Temos 600 obras do OP sem terminar”, afirmou Kalil.
A atual gest�o da PBH e o PSDB foram apontados pelo candidato como “incompetentes” por n�o conseguirem melhorar servi�os b�sicos para a popula��o nos �ltimos oito anos. Kalil citou a gest�o dos tucanos � frente da Secretaria Municipal de Sa�de como prova de que os advers�rios “n�o conseguiram cumprir suas promessas”.
“As mulheres s�o as mais castigadas com esse descaso com os usu�rios dos �nibus. Elas representam 70% dos usu�rios de transporte p�blico na cidade. Os �nibus em BH t�m que ser trocados a cada quatro anos e temos que colocar mais �nibus no hor�rio de pico. � impens�vel a C�mara dos Vereadores votar um projeto para desempregar os trocadores. N�o podemos tirar os trocadores”, disse Kalil.
Cabides Questionado sobre o discurso adotado em sua campanha de n�o ser pol�tico, Kalil ressaltou que considera a pol�tica atual “pura politicagem” e “negociata de cargos”, mas que pretende manter uma boa rela��o com a C�mara Municipal e com os governos estadual e federal. “N�o sou contra a pol�tica. Sou contra essa politicagem que a� est�. Sou contra a troca de apoio por cargos. Voc� me apoia que eu te entrego cinco cargos, a Secretaria de Sa�de e mais alguma coisa. Isso n�o d� mais”, critica Kalil. O candidato prometeu uma rela��o de di�logo com as empresas e �rg�os p�blicos, como a BHTrans, a Urbel, a SLU e a Sudecap. “Temos funcion�rios qualificados na maioria dessas empresas. Temos t�cnicos altamente qualificados. Mas eles ficam encostados para dar lugar aos indicados por pol�ticos. N�o vou fechar a BHTrans ou outra empresa, mas vou tomar de empres�rios que hoje mandam l� e colocar os t�cnicos que sabem o que precisa ser feito”, disse Kalil.
Um dos internautas que participou do video-chat perguntou para o candidato o que ele pensa sobre a ideologia de g�nero, com banheiros unissex para meninos e meninas nas escolas, e se ele � a favor da criminaliza��o da homofobia. Kalil afirmou ser contra os banheiros unissex e que foi v�tima de mentiras na internet ligadas ao tema. “Estamos em um pa�s que a liberdade tem que ser sempre respeitada. O preconceito � muito feio. Sou descendente de �rabes, conhe�o o preconceito porque minha fam�lia sentiu isso na pele. Temos que ter mais toler�ncia. Homofobia e racismo s�o tipos de agress�es. Quem agride tem que ser punido. Vamos deixar quem � LGBT ou quem n�o � para l�, vamos ir para festa juntos, tomar cerveja juntos, vamos falar de futebol, conversar sobre tudo, sem preconceito”, disse Kalil.
Tempos iguais
No dia 4 de outubro, o candidato do PSDB, deputado Jo�o Leite, tamb�m participou de videochat nos portais Uai e EM.COM e respondeu �s perguntas de internautas e jornalistas. O tempo dos candidatos e o formato da entrevista foram os mesmos, de 30 minutos.