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Estado de Minas

Eduardo Cunha movimentou pelo menos R$ 25 milh�es em pap�is entre 2009 e 2014

Cunha foi preso preventivamente na quarta-feira por determina��o do juiz S�rgio Moro em a��o penal na qual ele � acusado de receber US$ 1,5 milh�o de propina por contrato da Petrobras para a explora��o de um campo de Benin, na �frica, em 2011


postado em 23/10/2016 07:00 / atualizado em 23/10/2016 08:18

Bras�lia – No per�odo em que � acusado de se beneficiar dos desvios de recursos da Petrobras, segundo investiga��es da Opera��o Lava-Jato, o ex-presidente da C�mara e deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB) movimentou cerca de R$ 25,2 milh�es na Bolsa de Valores de S�o Paulo (Bovespa) entre 2009 e 2014, sendo a maior parcela em compras e vendas de pap�is da estatal petrol�fera e da OGX, empresa de �leo e g�s que pertencia ao empres�rio Eike Batista. Os n�meros constam de extrato de movimenta��o e negocia��o BMF&Bovespa encaminhado � 6ª Vara Federal C�vel no Paran�, que decretou a indisponibilidade de R$ 220 milh�es do peemedebista – incluindo ativos na bolsa de valores – em uma a��o de improbidade administrativa movida contra ele pela Procuradoria-Geral da Rep�blica (PGR).

Cunha foi preso preventivamente na quarta-feira por determina��o do juiz S�rgio Moro em a��o penal na qual ele � acusado de receber US$ 1,5 milh�o de propina por contrato da Petrobras para a explora��o de um campo de Benin, na �frica, em 2011.

Os dados da Bovespa mostram a atua��o do “investidor” Cunha, que, segundo especialistas, teve preju�zo estimado de R$ 70 mil na aplica��o nos pap�is da estatal petrol�fera. Segundo especialistas ouvidos pela reportagem, chamou a aten��o o fato de que, em suas movimenta��es no Brasil, o ex-deputado renovava constantemente as op��es de compra e de venda da Petrobras, indicando que deixou o dinheiro na bolsa apenas para ficar “girando”, sem ter ganhos ou perdas muito grandes.

Em suas contas secretas identificadas pela Su��a, por outro lado, o peemedebista foi classificado como investidor de “perfil agressivo”, segundo o banco Merryl Lynch, onde Cunha abriu offshores. O dinheiro no exterior era aplicado por Cunha na bolsa de Nova York, onde, em tr�s meses, ele teve um lucro de US$ 289 mil com a compra e venda de a��es da Petrobras.

As opera��es foram feitas no primeiro semestre de 2009, quando as a��es da estatal ainda sofriam grande alavancagem no mercado de capitais por causa dos sucessivos an�ncios de descobertas de �leo na camada do pr�-sal.

No Brasil, foram adquiridos pelo ex-parlamentar R$ 490 mil em a��es da OGX em dezembro de 2009, quantia que foi quase toda vendida em 2012. Cunha vendeu 21,2 mil das 28,4 mil a��es que possu�a.

O peemedebista sempre recha�ou envolvimento em irregularidades. A reportagem tentou contato com a defesa de Cunha na noite de sexta-feira para comentar sobre as movimenta��es financeiras de Cunha, mas os advogados n�o foram localizados. Os dados da Bovespa encaminhados � Justi�a Federal consideram apenas movimenta��es e neg�cios em nome do deputado cassado de janeiro de 2009 a 16 de junho de 2016.

RECURSO A defesa do ex-presidente da C�mara entrou no Supremo Tribunal Federal (STF) com um pedido de liberdade no fim da tarde de sexta-feira. Os advogados alegam que o juiz federal S�rgio Moro, respons�vel pela pris�o, descumpriu uma decis�o da Corte. Na peti��o, os advogados afirmam que o Supremo j� decidiu que Eduardo Cunha n�o poderia ser preso pelos fatos investigados contra ele na Lava-Jato, ao entender que o ex-deputado deveria ser afastado da presid�ncia da C�mara, em maio. Para a defesa, os ministros decidiram substituir a pris�o pelo afastamento.

Puni��o para Gim
O juiz S�rgio Moro manteve a pena do ex-senador Gim Argello (ex-PTB-DF) em 19 anos de pris�o pelos crimes de corrup��o passiva, de lavagem de dinheiro e de obstru��o da Justi�a. Gim � acusado de receber propina para proteger empreiteiros em CPIs da Petrobras de 2014, numa das quais exercia o cargo de vice-presidente. Al�m da pris�o, foram imputados a ele o pagamento de multa e perda de bens no valor de R$ 14,74 milh�es. Ele poder� pedir progress�o para o regime semiaberto depois de cumprir tr�s anos de pris�o. At� o momento, ele cumpriu seis meses.

 


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