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Estado de Minas

PF vincula Lula a planilha de propinas da Odebrecht


postado em 25/10/2016 07:31 / atualizado em 25/10/2016 08:12

S�o Paulo - O relat�rio da Pol�cia Federal que indiciou criminalmente o ex-ministro Antonio Palocci por corrup��o passiva, divulgado na segunda-feira, 24, pela Opera��o Lava-Jato, afirma que codinome "Amigo" em planilhas de propinas da Odebrecht se referia ao ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva. Em um documento do Setor de Opera��es Estruturadas da Odebrecht - o chamado departamento de propinas da empresa -, "Amigo" � destinat�rio de R$ 23 milh�es.

No relat�rio de indiciamento, a PF afirma que, deste total, R$ 8 milh�es teriam sido efetivamente repassados ao petista e "debitados" do "saldo" da "conta-corrente da propina, que correspondia ao agente identificado pelo codinome de Amigo". A planilha indica ainda, segundo o documento da PF, que R$ 6 milh�es teriam sido pagos a "Italiano" - que seria Palocci - e R$ 50 milh�es a "P�s It�lia", refer�ncia ao ex-ministro da Fazenda Guido Mantega.

Os investigadores alegam que chegaram aos R$ 8 milh�es por meio do cruzamento de valores debitados do saldo total do Setor de Opera��es Estruturadas da empreiteira. O setor era respons�vel pelo pagamento de propina a pol�ticos, agentes p�blicos e ex-dirigentes da Petrobr�s, segundo a Lava-Jato.

A PF afirma que a conclus�o sobre a "alcunha" de Lula tem "respaldo probat�rio e coer�ncia investigativa". Ela se baseia em e-mails e mensagens da c�pula da Odebrecht que fazem refer�ncia a Em�lio Odebrecht como a sigla EO - patriarca do Grupo Odebrecht e pai de Marcelo Odebrecht - e, em v�rias ocasi�es, � express�o "amigo de EO" que coincide com eventos que tiveram a participa��o do ex-presidente.

Em troca de mensagens de 30 de janeiro de 2014, por exemplo, o executivo Alexandrino Alencar encaminha a Marcelo Odebrecht uma programa��o de eventos do "amigo de EO", incluindo uma viagem a Cuba no dia 24 de fevereiro. As datas coincidem com a viagem de Lula � Cuba, tendo feito inclusive uma palestra em Havana em 26 de fevereiro, ligada � Odebrecht.

Em outro e-mail de 2013, Alexandrino afirma que est� definida a data de uma viagem entre 3 e 6 de junho para o Peru, Equador e Col�mbia, tamb�m com refer�ncia a "amigo de seu pai". A viagem do ex-presidente para aqueles pa�ses naquela data realmente ocorreu.

"Luiz In�cio Lula da Silva era conhecido pelas alcunhas de 'Amigo de meu pai' e 'Amigo de EO', quando usada por Marcelo Bahia Odebrecht e, tamb�m, por 'Amigo de seu pai' e 'Amigo de EO', quando utilizada por interlocutores em conversas com Marcelo Bahia Odebrecht", diz o relat�rio subscrito pelo delegado federal Filipe Hille Pace.

Lula n�o foi indiciado porque n�o � alvo deste inqu�rito. Pace diz no relat�rio que esta parte da investiga��o est� sob responsabilidade do delegado federal M�rcio Adriano Anselmo.

O ex-presidente j� foi denunciado pela for�a-tarefa e � r�u na Lava-Jato por corrup��o e lavagem de dinheiro - ele foi acusado de receber R$ 3,7 milh�es da OAS em forma de propinas na reforma do triplex no Guaruj� e na armazenagem de bens pessoais. Lula tamb�m � alvo de outros inqu�ritos na primeira inst�ncia da opera��o em Curitiba.

Sobre a cita��o feita pelo delegado Pace, a defesa do ex-presidente disse que o posicionamento � um "abuso" e n�o pode ser tratado como oficial. "Uma autoridade que n�o � a respons�vel pelas investiga��es em rela��o a Lula, emitiu sua 'convic��o', sem lastro, para atacar a honra e a reputa��o do ex-presidente".

Em manifesta��es de seus advogados ou pr�prias, Lula tem afirmado que n�o recebeu vantagens indevidas e � v�tima de persegui��o pol�tica da Lava-Jato.

Indiciamentos


Palocci, que est� preso desde a Opera��o Omert�, a 35ª fase da Lava-Jato, em 26 de setembro, foi indiciado por corrup��o passiva. Al�m do ex-ministro da Fazenda, foram enquadrados seu ex-assessor, Branislav Kontic, o casal de marqueteiros do PT Jo�o Santana e M�nica Moura, o empreiteiro Marcelo Odebrecht, e Juscelino Dourado, ex-assessor de Palocci.

A investiga��o aponta que, entre 2008 e 2013, foram pagos mais de R$ 128 milh�es ao PT e seus agentes, incluindo o ex-ministro.

Relat�rio


O ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva � citado no relat�rio da Pol�cia Federal que indiciou o ex-ministro Antonio Palocci como sendo ‘Amigo’, codinome encontrado em planilhas de propinas da Odebrecht. A defesa de Lula diz que “Lava-Jato n�o apresentou qualquer prova que possa dar sustenta��o �s acusa��es”.

R$ 23 mi � o valor citado em documento da Odebrecht destinado a 'Amigo'

R$ 8 mi deste total teriam sido debitados da 'conta-corrente da propina'


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