Freixo faz mea-culpa sobre black blocs

Rio de Janeiro, 26 - O candidato � prefeitura do Rio pelo PSOL, Marcelo Freixo, afirmou ontem que deveria ter sido "enf�tico" ao condenar a t�tica de viol�ncia adotada por grupos de manifestantes como os black blocs.

Ele se referiu a uma fala dele, que vem sendo reproduzida pela campanha de seu advers�rio, Marcelo Crivella (PRB), durante as manifesta��es de 2013, em que diz n�o ser "juiz para ficar avaliando os m�todos em si". A campanha do PRB tem acusado Freixo de liga��o com esses grupos e recorreu at� � morte do cinegrafista Santiago Andrade, que em 2014 foi atingido por um roj�o disparado por dois manifestantes.

"Vou ser conivente com a viol�ncia? N�o, porque nunca fui. Nenhum protesto tem que cometer crime. Nunca fui conivente com viol�ncia, porque n�o acredito na viol�ncia. N�o � eficiente para ganhar nada", disse, em sabatina realizada por jornalistas de O Globo. "Eu poderia ter sido enf�tico (ao reprovar os black blocs). Mas a repress�o (policial) estava forte, havia uma tentativa de esvaziar os protestos. Muitas narrativas foram feitas da condena��o do movimento a partir da viol�ncia. Eu n�o queria ser usado para dizer que todos os movimentos eram ruins. Havia uma disputa de narrativa. N�o queria condenar todos os movimentos."

Segundo Freixo, a viol�ncia do Estado, que "estava despreparado" para enfrentar as manifesta��es, e a dos black blocs atrapalhou a mobiliza��o "leg�tima" da popula��o.

'Manipula��o'

Ainda de acordo com o candidato, o autor da entrevista com Freixo est� processando Crivella por usar o v�deo na campanha. Ele havia sido questionado se os black blocs deveriam ser expulsos de uma passeata de professores e sua resposta n�o dizia respeito ao quebra-quebra na Assembleia Legislativa, como mostram as imagens veiculadas nas inser��es de Crivella. "� uma manipula��o. Meu advers�rio � mestre em fazer isso." As informa��es s�o do jornal

O Estado de S. Paulo.