
Bras�lia - O an�ncio da chegada da PEC do Teto ao Senado dividiu espa�o com uma enxurrada de medidas que o presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), decidiu tomar como retalia��o � opera��o da Pol�cia Federal contra a Pol�cia Legislativa. Entretanto, o peemedebista negou que a crise entre os poderes possa afetar a tramita��o da mat�ria e defendeu o calend�rio previsto, com vota��o final marcada para 13 e 14 de dezembro.
"O calend�rio da PEC est� mantido e eu n�o aceitarei nenhuma chantagem de qualquer tipo para alter�-lo. Esse calend�rio foi aprovado em reuni�o de l�deres partid�rios com a concord�ncia de todos, inclusive da oposi��o", afirmou Renan.
O presidente da C�mara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), foi pessoalmente ao Senado entregar o texto, em uma a��o simb�lica - e pouco usual - que demonstra o compromisso dos chefes do Legislativo com a pauta. O deputado defendeu que a PEC 241 trata da sa�de fiscal sem aumentar impostos e ir� ajudar na diminui��o dos juros e na gera��o de emprego.
Renan apontou o l�der do PMDB, Eun�cio Oliveira (CE), como a pessoa ideal para a relatoria da PEC 241. Embora preferisse que Romero Juc� fosse o escolhido, o governo apoia a decis�o do presidente do Senado. Eun�cio esteve nesta quarta-feira, 26, no Planalto reunido com o ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, quando o peemedebista recebeu apoio do governo para ficar como relator do texto.
Nesta quarta-feira, o presidente Michel Temer dedicou sua agenda a atender parlamentares para agradecer os apoios recebidos e demonstrar que vai prosseguir trabalhando para garantir a vota��o do texto at� dezembro. Temer quer evitar que a disputa entre o Senado e o (STF) afete os planos do governo.
Apesar da primeira tentativa de entendimento entre o presidente do Senado, Renan Calheiros, e a presidente do STF, Carmem L�cia, ter sido frustrada, o Planalto se animou com a possibilidade da realiza��o da reuni�o entre os chefes de Poderes para tratar de seguran�a p�blica na sexta-feira.
Outra preocupa��o � que a a��o da PF no Senado possa reduzir o n�mero de votos a serem obtidos nas vota��es da PEC nas comiss�es e no plen�rio do Senado. O governo espera cerca de 60 votos, uma folgada maioria. Mas ir� trabalhar para ampliar mais esta margem.
Por isso, al�m das conversas com senadores, o presidente Temer pediu a Renan para agendar, possivelmente para o dia 10 de novembro, o jantar que oferecer� aos senadores no Pal�cio da Alvorada, repetindo o gesto de aproxima��o feito com os deputados, antes do primeiro turno da vota��o na C�mara.