Desfecho fora do ar

Na noite de sexta-feira, o juiz Bruno Terra Dias, da Comiss�o de Propaganda Eleitoral de BH, havia concedido direito de resposta de um minuto ao ex-presidente do Atl�tico Mineiro, por causa do uso do termo “mais uma covardia do Kalil” em programa do tucano. O magistrado considerou o conte�do, que foi ao ar na quinta-feira, de car�ter injurioso. Dias tamb�m condicionou a exibi��o � sua aprova��o pr�via do programa.
Mas o juiz de plant�o do TRE-MG Ant�nio Augusto Mesquita Fonte Boa teve entendimento diferente e, cassou a autoriza��o do direito de resposta. Na avalia��o de Fonte Boa, o termo usado pela campanha tucana foi uma “simples cr�tica”, que faz parte do jogo eleitoral. Ele ressaltou tamb�m que o segundo turno das elei��es em BH havia sido marcado por troca de acusa��es.
Kalil n�o fez campanha nas ruas ontem, mas aproveitou para refor�ar nas redes sociais as propostas e respostas apresentadas no debate eleitoral da TV Globo, que ocorreu na sexta-feira. Ao longo do dia, v�deos curtos do candidato do PHS no debate foram postados em sua p�gina do Facebook. Ele destacou que quer fortalecer em BH neg�cios e empresas na �rea de tecnologia. O ex-cartola tamb�m prometeu abrir a caixa-preta das empresas de �nibus que operam na capital.
Segundo Kalil, moradores de ocupa��es urbanas na cidade podem ficar tranquilos. “Isso � uma quest�o de humanidade, n�o vamos te tirar da�”, afirmou. O ex-cartola tamb�m criticou a gest�o da sa�de. “S�o R$ 2,4 bilh�es que escapam atrav�s de empreiteiras, empresas e n�o est�o na m�o de quem deveria”, afirmou. “� s� fazer o dinheiro, que ningu�m sabe onde est�, chegar � sa�de de BH”, completou. Ao longo da semana, usou a internet para divulgar cr�ticas ao PSDB, participou de debates e de encontro com artistas e grupos culturais, al�m de fazer campanha de rua no Bairro Bet�nia, na Regi�o Oeste.
Em busca de indecisos

O tucano afirmou que procurou ser “educativo” ao acusar o rival. Jo�o Leite disse estar muito confiante nessa reta final, por acreditar que o eleitor est� mais informado. Apesar de ter dividido as �ltimas propagandas entre as cr�ticas a Kalil e uma campanha contra os votos brancos e nulos, Jo�o Leite disse n�o acreditar que mais eleitores deixar�o de optar entre um dos dois candidatos. Jo�o Leite comemorou o fato de a campanha ter sido em dois turnos. “Tinha que ter segundo turno para a gente saber o que essas pessoas estavam passando nas m�os de um p�ssimo patr�o, que maltratou essas pessoas. Eu fui a voz delas”, afirmou, se referindo a Kalil.
O candidato tucano disse ter se decepcionado com Kalil, de quem foi amigo no passado. Segundo o candidato, as maiores “decep��es” foram sobre as rela��es trabalhistas de Kalil com os empregados e o jeito de ele tratar as mulheres. “Uma coisa impens�vel o jeito dele de tratar as pessoas. Foi uma decep��o muito grande, n�o imaginava que ele fosse dessa maneira, rindo, zombando de trabalhador, isso pra mim � inaceit�vel em uma pessoa”, afirmou. O candidato tucano disse ter combatido isso a vida inteira como presidente da comiss�o de direitos e garantias fundamentais (Comiss�o de Direitos Humanos da Assembleia, que presidiu de 1996 a 2000) e de seguran�a p�blica (presidiu na Legislatura passada).
O candidato negou ter partido para o ataque contra o rival. “N�o � ataque, � mostrar para a popula��o a verdade. Ele tentou falar muitas coisas sobre mim tamb�m, mas mostramos os documentos. Somos muito diferentes”, afirmou. O candidato visitou o Morro do Papagaio, no Aglomerado Santa L�cia, na manh� de ontem, acompanhado de uma s�rie de assessores e apoiadores.
