Rio, 19 - A Pol�cia Federal vai apurar a den�ncia de que o ex-governador Anthony Garotinho e seu filho Wladimir Matheus ofereceram propinas de R$ 1,5 milh�o e R$ 5 milh�es para influenciar decis�es do juiz eleitoral Glaucenir Silva de Oliveira, da 100ª Zona Eleitoral de Campos dos Goytacazes, que decretou a pris�o preventiva do ex-governador na Opera��o Chequinho. O pedido de instaura��o de inqu�rito partiu da Procuradoria Regional Eleitoral. Ele pede a investiga��o da den�ncia de que pai e filho teriam oferecido, "por interm�dio de terceiros, 'quantias milion�rias' a pessoas conhecidas pelo juiz" a fim de obter decis�es favor�veis e evitar a pris�o de ambos.
"Os fatos ser�o apurados, em car�ter urgente, pelo Minist�rio P�blico e Pol�cia Federal, pois a situa��o retratada pelo magistrado � extremamente grave", diz o procurador regional eleitoral Sidney Madruga. Segundo ele, as duas ofertas relatadas pelo juiz foram de entrega de propinas de R$ 1,5 milh�o e R$ 5 milh�es.
O procurador tamb�m expediu of�cios em car�ter de urg�ncia ao MP Estadual e para o Tribunal Regional Eleitoral (TRE/RJ), em que pede que a promotoria em Campos dos Goytacazes, no norte fluminense, "tome as medidas necess�rias para reprimir poss�veis il�citos criminais e eleitorais cometidos por pai e filho". A defesa de Garotinho n�o foi encontrada pelo Estado na manh� deste s�bado (19).
Garotinho est� internado no Hospital Quinta D'Or, depois de ter passado um noite em hospital penitenci�rio por decis�o do juiz Glaucenir Oliveira. No in�cio da madrugada deste s�bado, foi transferido do Complexo Penitenci�rio de Gericin�, em Bangu, na zona oeste da capital, para um hospital particular da zona norte da cidade, onde ser� submetido a exames. A transfer�ncia foi determinada ontem (18) pela ministra do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Luciana L�ssio.