Garotinho acusa juiz que o prendeu de falsa acusa��o

Rio, 22 - O ex-governador do Rio Anthony Garotinho (PR) entrou com not�cia-crime no �rg�o Especial do Tribunal de Justi�a do Rio (TJ-RJ) contra o juiz Glaucenir Silva de Oliveira, da 100� Zona Eleitoral, em Campos dos Goytacazes, no Norte Fluminense, que determinou sua pris�o preventiva.

O pol�tico foi preso na quarta-feira, 16, e, ap�s passar mal, foi internado, submetido a uma cirurgia card�aca e teve alta na manh� desta ter�a-feira, 22, seguindo para pris�o domiciliar.

Garotinho pediu a abertura de um inqu�rito policial para investigar o magistrado, o qual acusa de cometer "denuncia��o caluniosa". O pol�tico nega a acusa��o de ter liderado um esquema para compra de votos em Campos dos Goytacazes e, tamb�m, considera sua pris�o "absolutamente ilegal e abusiva".

Segundo a den�ncia, o ex-governador comandou a distribui��o dos chamados cheques cidad�o durante o per�odo eleitoral de 2016 em troca de votos em Campos, onde sua esposa, Rosinha Garotinho, � prefeita. O benef�cio originalmente prev� pagamentos de R$ 200 por m�s a fam�lias carentes.

Depoimentos de servidores confirmariam a acusa��o. Com o esquema, Garotinho teria ajudado a eleger onze aliados para a C�mara de Vereadores do munic�pio.

A not�cia-crime � assinada pelo pol�tico e seu filho, Wladimir Matheus. No texto, eles listam "epis�dios lament�veis" envolvendo o juiz, que teria cometido abuso de autoridade mais de uma vez. Eles tamb�m criticam a decis�o "desumana e violenta" de conduzir Garotinho para a unidade de sa�de do complexo penitenci�rio de Bangu com o "anseio de montar a cena para o show midi�tico".

Segundo o m�dico particular Marcial Uribe, Garotinho corria risco de sofrer um enfarte agudo caso n�o fosse submetido a uma angioplastia.

A not�cia-crime tamb�m cita a afirma��o do juiz Glaucenir Oliveira de que o ex-governador e Wladimir lhe ofereceram R$ 1,5 milh�o e R$ 5 milh�es, por meio de terceiros, para evitar uma pris�o. "Por que ent�o o noticiado (o magistrado) n�o prendeu os agentes do suposto crime em flagrante?", perguntam no texto.