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Estado de Minas

Geddel pede demiss�o para conter turbul�ncia

Presidente da Rep�blica aceitou a sa�da do articulador pol�tico do governo para evitar agravamento da crise �s v�speras da vota��o da PEC do Teto dos gastos no Senado


postado em 26/11/2016 06:00 / atualizado em 26/11/2016 10:18

Bras�lia - O pedido de demiss�o do ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, foi a sa�da encontrada pelo Pal�cio do Planalto para tentar salvar o governo da crise pol�tica. A opera��o para entregar a cabe�a de Geddel foi articulada ainda na quinta-feira, depois da divulga��o do depoimento do ex-ministro da Cultura Marcelo Calero � Pol�cia Federal, no qual ele diz ter sido “enquadrado” pelo presidente Michel Temer para atender aos interesses do chefe de Geddel. A press�o seria para o Instituto do Patrim�nio Hist�rico e Art�stico Nacional (Iphan) liberar a constru��o de um pr�dio nos arredores de uma �rea tombada, em Salvador. Geddel � o sexto ministro a deixar o governo. Na avalia��o de interlocutores do presidente, por�m, esta foi a demiss�o que ele mais sentiu, na esteira de uma crise que atinge o seu pr�prio gabinete. Temer resistiu o quanto p�de, mas a solu��o foi a sa�da do ministro para conter a turbul�ncia.

Na carta de demiss�o divulgada pelo Pal�cio do Planalto, Geddel reconhece que “avolumaram-se as cr�ticas” contra ele, trazendo sofrimento a seus familiares. “Quem me conhece sabe ser esse o limite da dor que suporto. � hora de sair”, escreveu ele a Temer, a quem chamou de “fraterno amigo”. “Diante da dimens�o das interpreta��es dadas, pe�o desculpas aos que est�o sendo por elas alcan�ados, mas o Brasil � maior do que tudo isso.” Geddel afirma que fez “profunda reflex�o” e decidiu pedir exonera��o “do honroso cargo”. Ele disse ainda na carta que retornar� � Bahia, mas seguir� como “ardoroso torcedor” do “nosso” governo e classifica Temer como um presidente “s�rio, �tico e af�vel”.

Articulador pol�tico do Planalto com o Congresso, ele sai do governo �s v�speras da vota��o da Proposta de Emenda � Constitui��o (PEC) do Teto dos gastos p�blicos, marcada para ter�a-feira, no plen�rio do Senado. Temer ainda n�o escolheu o substituto de Geddel e disse a aliados que ele pr�prio far� a coordena��o pol�tica para a vota��o da PEC, considerada fundamental pelo governo para o ajuste fiscal e a recupera��o da economia.

Em reuni�o de emerg�ncia convocada por Temer com auxiliares, na noite de quinta-feira, a situa��o de Geddel, que j� havia viajado para a Bahia, foi considerada insustent�vel. Houve intensa troca de telefonemas com o ministro. Calero gravou conversas com Temer, com Geddel e com o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha. No depoimento � PF, ele disse que o presidente tentou fazer com que ele “interferisse indevidamente” para que a decis�o do Iphan, barrando a constru��o do pr�dio em Salvador, fosse substitu�da por um parecer da Advocacia Geral da Uni�o (AGU). Geddel comprou na planta um apartamento no edif�cio La Vue, que teve a obra embargada.

PRESS�O
As afirma��es de Calero jogaram mais combust�vel na crise por atingir diretamente o presidente. Antes desse depoimento, prestado no �ltimo dia 19, mas que s�  foi divulgado na quinta-feira, o ex-ministro havia citado apenas a press�o exercida por Geddel para a libera��o do empreendimento. � PF, por�m, mencionou interfer�ncia de Temer, que estaria demonstrando “insist�ncia”, de Padilha e de outros auxiliares do n�cleo do governo, para resolver o caso. Calero disse ter se sentido “decepcionado” por n�o ter mais a quem recorrer e pediu demiss�o, desobedecendo � ordem de enviar o pol�mico processo para a AGU.

Marcelo Calero divulgou nota ontem negando que tenha solicitado audi�ncia com Temer com a inten��o de gravar uma conversa no gabinete presidencial. O texto foi publicado no perfil dele no Facebook. Ele afirmou que cumpriu sua obriga��o “como cidad�o brasileiro que n�o compactua com o il�cito e que age respeitando e valorizando as institui��es.” “A respeito de informa��es de que eu teria solicitado audi�ncia com o presidente Michel Temer no intuito de gravar conversa no gabinete presidencial, esclare�o que isso n�o ocorreu”, destacou Calero em nota.


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