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Estado de Minas

Temer avalia afastar auxiliares sob suspeita


postado em 27/11/2016 09:37

Bras�lia, 26/11/2016 - O presidente Michel Temer decidiu mudar de estrat�gia para evitar que novos esc�ndalos envolvendo auxiliares ampliem a crise pol�tica no governo. A ideia � que todo ministro sob investiga��o na Comiss�o de �tica da Presid�ncia pe�a afastamento do cargo at� a conclus�o do processo.

A alternativa chegou a ser proposta por Temer ao ent�o ministro-chefe da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, tr�s dias antes de sua demiss�o. Geddel n�o concordou e acabou caindo ap�s puxar a crise para o Pal�cio do Planalto.

Batizado de sa�da �a la Hargreaves�, numa refer�ncia a Henrique Hargreaves, ent�o ministro da Casa Civil do governo Itamar Franco (1992-1994), o modelo est� sendo planejado sob medida para blindar Temer e criar uma esp�cie de rede de prote��o em torno do Planalto. Na administra��o de Itamar, que tomou posse ap�s o impeachment de Fernando Collor (PTC-AL), hoje senador, Hargreaves foi acusado de desvio de verbas p�blicas. Pediu exonera��o do cargo enquanto transcorriam as investiga��es contra ele e voltou � chefia da Casa Civil tr�s meses depois, quando ficou provado que as den�ncias eram infundadas.

Temer quer seguir esse exemplo como c�digo de conduta de sua gest�o. Em conversas reservadas, ele tem dito que est� �cansado de apanhar� e vem pagando �um pre�o muito alto� por erros e irregularidades cometidas por ministros.

Na tentativa de mostrar que n�o � conivente com falcatruas, o presidente conhecido por nunca demitir ningu�m j� avisou que considera �adequado� o afastamento de um auxiliar no per�odo das investiga��es na Comiss�o de �tica. O colegiado n�o tem poder de punir, mas apenas de recomendar ao chefe do Executivo penas que v�o da advert�ncia � exonera��o.

No Planalto, a avalia��o � de que a demiss�o de Geddel ameniza, mas n�o acaba com a crise. A preocupa��o, agora, � com as vota��es no Congresso e com os reflexos da turbul�ncia pol�tica na economia.

Odebrecht

Outro ponto � que a amea�a das dela��es de executivos da empreiteira Odebrecht, no �mbito da Lava Jato, tamb�m ronda o Planalto. � por isso que a sa�da de Geddel n�o tira a crise de cena.

Mesmo assim, no diagn�stico de interlocutores do presidente, foi um gesto necess�rio - embora atrasado - para salvar o governo, alvejado ap�s o depoimento do ex-ministro da Cultura Marcelo Calero � Pol�cia Federal.

O diplomata disse que Temer tentou fazer com que ele �interferisse indevidamente� para que a decis�o do Instituto do Patrim�nio Hist�rico e Art�stico Nacional (Iphan), barrando a constru��o do pr�dio La Vue, em Salvador, fosse submetida � Advocacia Geral da Uni�o (AGU).

Comunica��o

A crise tamb�m est� fazendo o governo reavaliar a sua pol�tica de comunica��o. H� diverg�ncias entre o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, e o secret�rio executivo do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), Moreira Franco, sobre o novo modelo a ser adotado. A percep��o dos pr�prios aliados � a de que Temer vem perdendo a batalha da comunica��o por n�o dar respostas imediatas � agenda negativa e muito menos conseguir criar uma marca de governo.

Na tentativa de mostrar que n�o compactua com irregularidades, o presidente disse que vetar� a proposta de anistia para caixa 2 eleitoral, caso seja aprovada pelo Congresso. A inten��o s� foi manifestada ap�s o tema ser recha�ado pela sociedade e virar alvo de uma campanha contr�ria nas redes sociais.

Em almo�o no Pal�cio da Alvorada, na sexta-feira, com a presen�a do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e do senador A�cio Neves (MG), Temer ouviu que o PSDB foi o primeiro a defend�-lo nessa temporada de acusa��es. Nos bastidores, houve quem lembrasse que a oposi��o, apesar de minorit�ria, tem conseguido fazer mais barulho no Congresso do que os pr�prios aliados do governo. (Vera Rosa) As informa��es s�o do jornal

O Estado de S. Paulo.


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