Um novo laudo da Pol�cia Federal (PF) indica que o Grupo Bertin tamb�m participou e custeou as obras do S�tio Santa B�rbara, em Atibaia (SP), que a Opera��o Lava Jato afirma pertencer ao ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva. O petista nega. A propriedade teria sido reformada por acusados de corrup��o na Petrobras, entre eles as empreiteiras Odebrecht, OAS e o pecuarista Jos� Carlos Bumlai - que tem neg�cios com a fam�lia Bertin.
A descoberta decorre da an�lise da movimenta��o banc�ria e dos e-mails do arquiteto Igenes dos Santos Irigaray Neto, que prestava servi�os para as usinas do Grupo S�o Fernando, de Bumlai. Ele j� admitiu ter realizado servi�os no projeto da reforma do s�tio, a pedido da fam�lia do amigo pecuarista de Lula - que foi preso pela Lava Jato, em novembro de 2015 e condenado a 9 anos de pris�o, em setembro, pelo juiz federal S�rgio Moro.
Nas mensagens, h� registros ainda do suposto envolvimento da Odebrecht na realiza��o das obras e do ex-assessor da Presid�ncia Rog�rio Aur�lio Pimentel.
"Em tr�s momentos distintos verificou-se dep�sitos na conta de Igenes dos Santos Irigaray Neto tendo como remetente empresa Rema Participa��es Ltda.", informa o Relat�rio de Pol�cia Judici�ria 610/2016, com an�lise de mensagens e e-mails apreendidos na 24ª fase, batizada de Opera��o Aletheia, que em mar�o levou Lula coercitivamente para prestar depoimento. A Rema pertence ao Grupo Bertin, antiga Transbertin Transportes Ltda e Universe Transportes.
Os comprovantes de dep�sito para o arquiteto de Bumlai foram encaminhados por meio do e-mail do usu�rio identificado como "SOLFA", do Grupo Bertin.
Trata-se de Jos� Eduardo Braga, que � um dos s�cios da Rema Participa��es, junto com membros da fam�lia Bertin, informa o documento da PF anexado ao inqu�rito em que Lula � investigado por corrup��o e lavagem de dinheiro.
A propriedade rural foi comprada em 29 de outubro, por R$ 1,5 milh�o, por Bittar e Suassuna. O primeiro � filho do ex-prefeito de Campinas do PT Jac� Bittar, amigo de Lula. Em documento enviado a Lava Jato, ele afirmou ter comprado o im�vel e colocado � disposi��o do ex-presidente para que as duas fam�lias pudessem conviver, ap�s sua sa�da da Presid�ncia, em 2010.
Os pagamentos da Bertin para o arquiteto da obra foram realizados em 5 de novembro de 2010, no valor de R$ 40.0008,00, em 29 de novembro de 2010, R$ 18.489,26, e o terceiro em 18 de mar�o de 2011, valor R$ 52.026,74, mostra o relat�rio. Um e-mail encontrado, em que foi feito o pedido de adiantamento de R$ 40 mil, consta um valor de contrato de R$ 225 mil.
Os s�cios da Bertin s�o investigados desde 2015, quando a Lava Jato descobriu que o grupo ajudou Bumlai na lavagem dos R$ 12 milh�es que tomou emprestado do Banco Schahin, em 2004, para o PT. O valor foi repassado para terceiros por interm�dio de movimenta��es financeiras em contas do Grupo Bertin e depois justificadas com falsas compra de s�men de boi, para insemina��o artificial.
Os registros de e-mail tamb�m indicam, segundo a PF, que as obras estavam sendo acertadas, antes mesmo da compra, e que h� poss�veis contradi��es entre o que declararam em depoimento Fernando Bittar e outros investigados e as datas e fatos do projeto.
O relat�rio da PF destaca que e-mail do funcion�rio do Grupo Bertin Emerson Cardoso, de 19 de outubro de 2010, enviado para Irigaray Neto foi originalmente enviado por Lilian Bittar, mulher de Fernando Bittar, para Ign�cio Arab Neto, que era gerente de Obras da Contern Constru��es Ltda no dia 17 , daquele m�s.
Em depoimento, Bittar afirmou que pensando em receber a fam�lia Lula, havia um projeto de um anexo no s�tio. "Desde inicio ele sabia que reforma em seu s�tio, no interesse da fam�lia Lula da Silva, n�o se restringia apenas um anexo, incluindo, al�m de outras coisas, constru��o de uma sauna", informa relat�rio com base na an�lise das trocas de mensagens entre eles.
E-mails analisados mostram que um gerente de obras da Contern Constru��es e Com�rcio, do Grupo Bertin, participou das tratativas para as obras no s�tio desde outubro de 2010, dois meses antes do im�vel rural ter sido comprado pelos s�cios e amigos dos filhos de Lula, Fernando Bittar e Jonas Suassuna.
A Contern integra um dos cons�rcios vencedor do pacote da Usina Hidrel�trica de Belo Monte, no Par�. A obra � alvo de investiga��es decorrentes da Lava Jato, em Curitiba. Delatores de empreiteiras do cartel que fatiava obras na Petrobras, como a Andrade Gutierrez, Camargo Corr�a e UTC, j� confirmaram ao Minist�rio P�blico Federal a exist�ncia de acerto de propinas nas obras, que beneficiou pol�ticos da c�pula do PT e do PMDB, no governo Dilma Rousseff.
A descoberta decorre da an�lise da movimenta��o banc�ria e dos e-mails do arquiteto Igenes dos Santos Irigaray Neto, que prestava servi�os para as usinas do Grupo S�o Fernando, de Bumlai. Ele j� admitiu ter realizado servi�os no projeto da reforma do s�tio, a pedido da fam�lia do amigo pecuarista de Lula - que foi preso pela Lava Jato, em novembro de 2015 e condenado a 9 anos de pris�o, em setembro, pelo juiz federal S�rgio Moro.
Nas mensagens, h� registros ainda do suposto envolvimento da Odebrecht na realiza��o das obras e do ex-assessor da Presid�ncia Rog�rio Aur�lio Pimentel.
"Em tr�s momentos distintos verificou-se dep�sitos na conta de Igenes dos Santos Irigaray Neto tendo como remetente empresa Rema Participa��es Ltda.", informa o Relat�rio de Pol�cia Judici�ria 610/2016, com an�lise de mensagens e e-mails apreendidos na 24ª fase, batizada de Opera��o Aletheia, que em mar�o levou Lula coercitivamente para prestar depoimento. A Rema pertence ao Grupo Bertin, antiga Transbertin Transportes Ltda e Universe Transportes.
Os comprovantes de dep�sito para o arquiteto de Bumlai foram encaminhados por meio do e-mail do usu�rio identificado como "SOLFA", do Grupo Bertin.
Trata-se de Jos� Eduardo Braga, que � um dos s�cios da Rema Participa��es, junto com membros da fam�lia Bertin, informa o documento da PF anexado ao inqu�rito em que Lula � investigado por corrup��o e lavagem de dinheiro.
A propriedade rural foi comprada em 29 de outubro, por R$ 1,5 milh�o, por Bittar e Suassuna. O primeiro � filho do ex-prefeito de Campinas do PT Jac� Bittar, amigo de Lula. Em documento enviado a Lava Jato, ele afirmou ter comprado o im�vel e colocado � disposi��o do ex-presidente para que as duas fam�lias pudessem conviver, ap�s sua sa�da da Presid�ncia, em 2010.
Os pagamentos da Bertin para o arquiteto da obra foram realizados em 5 de novembro de 2010, no valor de R$ 40.0008,00, em 29 de novembro de 2010, R$ 18.489,26, e o terceiro em 18 de mar�o de 2011, valor R$ 52.026,74, mostra o relat�rio. Um e-mail encontrado, em que foi feito o pedido de adiantamento de R$ 40 mil, consta um valor de contrato de R$ 225 mil.
Os s�cios da Bertin s�o investigados desde 2015, quando a Lava Jato descobriu que o grupo ajudou Bumlai na lavagem dos R$ 12 milh�es que tomou emprestado do Banco Schahin, em 2004, para o PT. O valor foi repassado para terceiros por interm�dio de movimenta��es financeiras em contas do Grupo Bertin e depois justificadas com falsas compra de s�men de boi, para insemina��o artificial.
Obras
Os registros de e-mail tamb�m indicam, segundo a PF, que as obras estavam sendo acertadas, antes mesmo da compra, e que h� poss�veis contradi��es entre o que declararam em depoimento Fernando Bittar e outros investigados e as datas e fatos do projeto.
O relat�rio da PF destaca que e-mail do funcion�rio do Grupo Bertin Emerson Cardoso, de 19 de outubro de 2010, enviado para Irigaray Neto foi originalmente enviado por Lilian Bittar, mulher de Fernando Bittar, para Ign�cio Arab Neto, que era gerente de Obras da Contern Constru��es Ltda no dia 17 , daquele m�s.
Em depoimento, Bittar afirmou que pensando em receber a fam�lia Lula, havia um projeto de um anexo no s�tio. "Desde inicio ele sabia que reforma em seu s�tio, no interesse da fam�lia Lula da Silva, n�o se restringia apenas um anexo, incluindo, al�m de outras coisas, constru��o de uma sauna", informa relat�rio com base na an�lise das trocas de mensagens entre eles.
Belo Monte
E-mails analisados mostram que um gerente de obras da Contern Constru��es e Com�rcio, do Grupo Bertin, participou das tratativas para as obras no s�tio desde outubro de 2010, dois meses antes do im�vel rural ter sido comprado pelos s�cios e amigos dos filhos de Lula, Fernando Bittar e Jonas Suassuna.
A Contern integra um dos cons�rcios vencedor do pacote da Usina Hidrel�trica de Belo Monte, no Par�. A obra � alvo de investiga��es decorrentes da Lava Jato, em Curitiba. Delatores de empreiteiras do cartel que fatiava obras na Petrobras, como a Andrade Gutierrez, Camargo Corr�a e UTC, j� confirmaram ao Minist�rio P�blico Federal a exist�ncia de acerto de propinas nas obras, que beneficiou pol�ticos da c�pula do PT e do PMDB, no governo Dilma Rousseff.