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Estado de Minas

A imperdo�vel m�goa de Dilma com Meirelles


postado em 08/12/2016 09:31

S�o Paulo, 08 - N�o foram apenas diverg�ncias em rela��o � economia e o hist�rico de rusgas acumuladas durante o governo Luiz In�cio Lula da Silva que fizeram a ent�o presidente Dilma Rousseff resistir � nomea��o do ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles no Minist�rio da Fazenda como substituto de Joaquim Levy, segundo conta um dos ex-assessores da petista em livro a ser lan�ado nesta quinta-feira, 8.

"Al�m das diferen�as do que fazer na economia, havia um motivo pessoal para ela recusar toda a press�o feita em nome de Henrique Meirelles: Dilma jamais perdoaria o ex-presidente do Banco Central pela rea��o deste quando ela descobriu que tinha c�ncer, j� candidata � Presid�ncia da Rep�blica em 2010 (na verdade em 2009). A ent�o ministra soube que Meirelles aproveitara a not�cia para dizer a Lula que se Dilma n�o se recuperasse, ele estaria ali, com sa�de e � disposi��o para ser o candidato."

O epis�dio, negado por Meirelles, recheia "� Sombra do Poder" (editora Leya), do jornalista e cientista pol�tico Rodrigo de Almeida. Em 219 p�ginas, Almeida, que foi assessor de imprensa de Levy e secret�rio de Imprensa da Presid�ncia da Rep�blica entre abril de 2015 e maio de 2016, relata, de um ponto de vista privilegiado, hist�rias de bastidores sobre o processo que levou ao impeachment de Dilma. Entre elas a desaven�a com o atual ministro da Fazenda.

Solid�rio no c�ncer

"Em nome da sua vontade incessante de ser presidente da Rep�blica, Meirelles n�o foi solid�rio nem no c�ncer, ela (Dilma) pensou, num racioc�nio que evidentemente nunca externou em p�blico", escreve Almeida.

Meirelles, por meio de sua assessoria, negou enfaticamente que tenha feito a movimenta��o. "Essa hist�ria � falsa e jamais ocorreu. Eu n�o cometeria essa indelicadeza. O autor demonstra desconhecimento dos eventos e das minhas caracter�sticas pessoais", disse o ministro ao questionamento feito pela reportagem.

Boa parte do livro � dedicada � rela��o entre Dilma e o ent�o vice-presidente Michel Temer, come�ando pelo esfor�o do peemedebista para recompor a rela��o entre o Planalto e o Congresso no in�cio do segundo mandato da petista, "dinamitado" pelo ent�o ministro da Casa Civil Aloizio Mercadante.

"O ex-presidente Lula havia tentado pacificar o PMDB no in�cio do segundo mandato. Mercadante dinamitou a estrat�gia. Dilma ainda fez uma tentativa quando Temer assumiu a coordena��o pol�tica, em abril de 2015, mas se esqueceu de tirar Mercadante do caminho."

Segundo o livro, a presen�a de Mercadante no caminho de Temer n�o foi um ato de inabilidade de Dilma mas, ao contr�rio, um primeiro sinal de desconfian�a da presidente em rela��o ao vice.

O vice

"Dilma sabia, no entanto, da movimenta��o de seu vice. Sabia que Cunha o avisou previamente da decis�o de aceitar o pedido de impeachment contra ela. Sabia que uma parcela significativa do PMDB discutia com setores do governo e da oposi��o sobre o dia seguinte � sua queda".

A ruptura, no entanto, s� se tornaria p�blica em abril de 2016, quando vazou o �udio de um poss�vel discurso de posse de Temer. "N�o estou acreditando. Eu n�o ouvi direito ou ele mostrou a todos que �, de fato, um golpista", reagiu Dilma, segundo Almeida.

O jornalista tamb�m relata com riqueza de detalhes o longo processo de fritura de Levy. Segundo ele, Dilma soube da demiss�o do auxiliar quando um rep�rter telefonou para repercutir a informa��o. "A presidente balan�ou a cabe�a em sinal de reprova��o e sorriu para mim como quem pergunta: 'O que posso fazer?!'".

Antes disso, em setembro de 2015, Dilma havia recebido uma visita do presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco, descrito como um dos mais pr�ximos conselheiros da presidente. "Naqueles dias de tens�o, muita gente primeiro torcera o nariz contra a visita. Mas uma segunda conclus�o sugeriu que Trabuco era, no fundo, o portador de uma importante mensagem do sistema financeiro para a presidente da Rep�blica. Nas entrelinhas, ele lhe dizia:'se Joaquim Levy n�o for fortalecido no seu papel de ministro da Fazenda, os bancos tiram o apoio ao governo'".

O livro ser� lan�ado nesta quinta-feira, na Casa do Saber, no bairro do Itaim Bibi, na zona sul de S�o Paulo. As informa��es s�o do jornal

O Estado de S. Paulo.


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