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Estado de Minas

Ex-assessora relata 'gastos mensais' de R$ 220 mil de S�rgio Cabral


postado em 08/12/2016 12:55

S�o Paulo, 08 - Em depoimento � Pol�cia Federal (PF), a ex-secret�ria e ex-assessora do ex-governador do Rio S�rgio Cabral (PMDB) Sonia Ferreira Baptista contou que o peemedebista tinha gastos mensais de cerca de R$ 220 mil, incluindo despesas com funcion�rios, m�dicos, condom�nio, seguro de carros e outras.

Ainda segundo ela, estes pagamentos de Cabral e da fam�lia de seu primeiro casamento eram quitados por Carlos Miranda e Luiz Carlos Bezerra. Atualmente, o pol�tico est� no segundo casamento e sua atual mulher, Adriana Ancelmo est� presa, assim como ele, ambos alvos da Opera��o Calicute, desdobramento da Lava Jato.

Miranda e Bezerra tamb�m s�o r�us na Calicute, apontados pela Procuradoria da Rep�blica como "operadores financeiros" que cuidavam de receber e movimentar a propina destinada ao grupo criminoso supostamente liderado por Cabral.

Sonia compareceu � Superintend�ncia da Pol�cia Federal no Rio para prestar depoimento ap�s ser intimada pelos investigadores, que apuram a movimenta��o financeira da organiza��o de Cabral e que teria movimentado R$ 224 milh�es em propinas.

Ela contou aos investigadores que conhece o ex-governador h� 32 anos, tendo sido secret�ria do pai da primeira mulher de Cabral, al�m de ter trabalhado para o ex-governador na Assembleia Legislativa do Rio quando ele virou presidente da Casa e, posteriormente, como comissionada no escrit�rio do peemedebista no Rio quando ele foi senador.

A partir de 2007, quando Cabral assumiu o governo do Rio, Sonia disse que passou a gerenciar "a vida e gastos pessoais da fam�lia do primeiro casamento de S�rgio Cabral com Suzana Neves Cabral (primeira mulher do ex-governador)".

Em seu primeiro casamento, Cabral teve tr�s filhos, sendo que um deles, Marco Antonio Cabral, foi eleito deputado federal pelo PMDB e, atualmente, est� licenciado da C�mara para ocupar o cargo de secret�rio de Esportes do Rio, no governo Pez�o.

Em seu depoimento, Sonia n�o cita os nomes de nenhum dos filhos do peemedebista e nem faz acusa��o a seus familiares, mas revela que quem cuidava dos pagamentos era Carlos Miranda, que a Procuradoria chama de "homem da mala" de Cabral.

"Que n�o gerenciava valores, mas apenas fazia uma rela��o de gastos e encaminhava para Carlos Miranda para que o mesmo pudesse fazer os pagamentos necess�rios�, relatou Sonia � PF.

Ela disse ainda ter entrado como s�cia na empresa de consultoria Gralc por iniciativa de Miranda, dono da companhia. Com apenas 1% na sociedade, Sonia diz que nunca recebeu nenhuma remunera��o por seu papel na empresa, mas que as "contas pessoais de S�rgio Cabral eram levadas at� Carlos Miranda na sede da Gralc para pagamento".

Com apenas um funcion�rio e criada quando Cabral chegou ao governo do Estado, a Gralc recebeu R$ 13 milh�es por supostas consultorias entre 2007 e 2014, muitos dos pagamentos vindos de empresas que os investigadores suspeitam ser de fachada.

Al�m disso, Miranda foi citado por ao menos seis delatores como o indicado por Cabral para receber as propinas da ordem de 5% acertadas entre empreiteiros e o ent�o governador relativas aos contratos de obras milion�rias do governo do Rio.

Al�m de Miranda, Sonia citou Luiz Carlos Bezerra, outro acusado de ser operador financeiro de Cabral e que tamb�m � r�u na Opera��o Calicute. Em rela��o a ele, ela disse manter uma rela��o de "coleguismo" e que costumava encontr�-lo em campanhas pol�ticas de Cabral.

Sonia relatou ainda que Bezerra "j� repassou recursos em esp�cie para a depoente para saldar despesas de S�rgio Cabral". Neste caso, ela contou ainda que "nos �ltimos cinco ou seis meses, tais entregas passaram a ser mais frequentes; que os valores variavam de R$ 50 mil a R$ 150 mil". Al�m do ex-governador, os valores tamb�m iriam, segundo ela, para "Suzana Cabral e outras despesas familiares".

"Tais despesas inclu�am contas de previd�ncia privada, gastos com funcion�rios, encargos trabalhistas, m�dicos, terapeutas, condom�nio, IPTU, IPVA, seguro de carros, conserto de autom�veis, entre outras coisas", segue o relato.

Defesas

A reportagem enviou e-mail para a Secretaria de Esportes do Rio, mas n�o obteve retorno. As defesas dos r�us presos n�o foram localizadas para comentar o caso. Os familiares de Cabral tamb�m n�o foram localizados. O espa�o est� aberto para a manifesta��o.


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