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Estado de Minas

EUA pretendem fechar acordo de leni�ncia com a Odebrecht no dia 21


postado em 13/12/2016 21:13

Genebra, 13 - Depois de fechado um entendimento inicial com a Procuradoria-Geral da Rep�blica, o acordo de leni�ncia entre a Odebrecht e o Departamento de Justi�a dos Estados Unidos pode ser assinado no pr�ximo dia 21.

No total, a empresa pagaria um valor recorde de R$ 6,7 bilh�es, que seriam divididos entre Brasil, EUA e Su��a. No caso brasileiro, a previs�o � de que a Procuradoria fique com cerca de metade desse valor, enquanto a Su��a, US$ 200 milh�es.

Os americanos solicitaram aos investigadores brasileiros dados sobre o valor movimentado pela construtora nos EUA e os bancos envolvidos.

Su��a

Questionado se tamb�m faria a viagem ao Brasil, no dia 21, a procuradoria-geral da Su��a se recusou a comentar. Mas enquanto o acordo com os americanos se aproxima de uma conclus�o, autoridades su��as indicam que as investiga��es sobre contas relacionadas com a Opera��o Lava Jato no Brasil v�o continuar e acrescentam que o processo aberto na Su��a em 2016 n�o faz considera��es pol�ticas para ser realizado.

Mais de mil contas secretas foram congeladas desde 2014 pelos su��os em nome de pol�ticos, empres�rios, ex-diretores da Petrobras e companhias de fachada usadas pela Odebrecht. Os dados mantidos pelos su��os s�o considerados como fundamentais para avaliar a veracidade das dela��es no Brasil, assim como tra�ar o destino da propina.

� reportagem, funcion�rios do Departamento de Justi�a e da Pol�cia da Su��a indicaram que o processo relativo ao Brasil e a coopera��o com a Justi�a brasileira ser�o mantidos. Nos bastidores, o governo su��o admite que tem acompanhado de perto os �ltimos acontecimentos no Pa�s e que a embaixada su��a no Brasil tem informado "de forma regular" sobre as press�es que a Lava Jato tem sofrido, assim como o procurador-geral da Rep�blica, Rodrigo Janot.

Um tom parecido foi adotado pelo procurador-geral da Su��a, Michael Lauber, respons�vel pela investiga��o em Berna. "N�o fazemos pol�tica", declarou. "Mas estamos em um ambiente pol�tico e sabemos que nossa investiga��o pode ter um grande impacto pol�tico", admitiu.

Ele cita como exemplo o caso da investiga��o aberta pelos su��os contra o 1MDB, um fundo da Mal�sia. O governo de Manila n�o quis colaborar, apesar de dois pedidos enviados por Berna. Mas, mesmo assim, o MP su��o manteve o caso e continuou a investigar as suspeitas de corrup��o.

Segundo Lauber, o avan�o das investiga��es na Su��a est� tamb�m ligado aos indiciamentos e acusa��es apresentadas em Bras�lia. "Quando existem indiciamentos no Brasil, podemos avan�ar aqui", disse.

'Di�logo'

Lauber teceu elogios � PGR no Brasil. "Temos uma grande coopera��o com Rodrigo Janot e baseado nisso, desenvolvemos uma estrat�gia comum", disse. Segundo ele, um dos pontos de sucesso da coopera��o entre os dois pa�ses tem sido o fato de que um di�logo foi estabelecido entre os dois lados. "Precisamos discutir primeiro o que eles (brasileiros) precisam e o que n�s precisamos deles", disse o procurador.

Desde 2014, cerca de 60 processos criminais foram abertos na Su��a relativos � Lava Jato. As mais de mil contas foram encontradas em 42 bancos. Parte substancial desse volume de casos se refere � Odebrecht, que movimentou pelo menos US$ 211 milh�es em pagamentos suspeitos usando contas secretas na Su��a.

Mas as informa��es confiscadas pelos su��os tamb�m podem apontar novos caminhos da investiga��o. Foi em Genebra que a pol�cia deteve Fernando Migliaccio, um dos respons�veis na Odebrecht pelo pagamento de propinas. Tamb�m na Su��a quatro empresas de fachada haviam sido criadas para controlar contas que serviam como uma rede de pagamento de corrup��o e abastecimento de campanhas eleitorais na Am�rica do Sul e na Am�rica Central.

Por quase um ano, a Odebrecht tentou evitar que os dados fossem transferidos ao Brasil, apresentando recursos na Justi�a su��a. Mas, em outubro, o Tribunal Superior do pa�s decretou que a colabora��o era legal e que cerca de 2 mil p�ginas de extratos banc�rios e documentos envolvendo a Odebrecht seriam enviados ao Brasil.


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