Bras�lia, 24 - Ap�s a divulga��o dos documentos do Departamento de Justi�a dos Estados Unidos sobre o pagamento de propina da Odebrecht a autoridades internacionais, pa�ses da Am�rica Latina anunciaram a abertura de investiga��es sobre contratos assinados pela empresa com seus governos.
M�xico, Peru, Equador, Argentina, Col�mbia, Guatemala, Rep�blica Dominicana e Panam� se manifestaram sobre o caso.
Na quarta-feira, o �rg�o americano apontou que a Odebrecht pagou cerca de US$ 788 milh�es (R$ 2,6 bilh�es) em propina em 11 pa�ses, al�m do Brasil, para conquistar e manter contratos com o poder p�blico. Os pagamentos foram feitos pelo Setor de Opera��es Estruturadas, conhecido como departamento da propina da empresa.
O M�xico anunciou, em nota divulgada pela Secretaria de Fun��o P�blica (SFP), que vai acompanhar os desdobramentos das den�ncias de corrup��o envolvendo a atua��o da Odebrecht e da Braskem no pa�s e se comprometeu com a investiga��o dos atos contr�rios � �tica no setor p�blico. De acordo com os investigadores americanos, entre 2010 e 2014, a Odebrecht pagou US$ 10,5 milh�es em propina para autoridades do governo mexicano, para obter contratos de obras p�blicas.
Na Argentina, o �rg�o respons�vel pelo combate � corrup��o disse ter entrado em contato com autoridades brasileiras sobre o assunto. Parlamentares cobraram a investiga��o dos pagamentos de propina, que teriam ocorrido durante o governo da ex-presidente Cristina Kirchner.
O governo da Col�mbia divulgou nota afirmando que identificou o servidor p�blico acusado de receber US$ 6,5 milh�es em propina, entre 2009 e 2010, que seria �um funcion�rio do alto escal�o� da gest�o do ex-presidente �lvaro Uribe.
De acordo com os documentos americanos, a Odebrecht teria pago a autoridades da Col�mbia US$ 11 milh�es em propina entre 2009 e 2014, per�odo que abrange parte do governo Uribe (2002-2010) e o de seu sucessor, o atual presidente, Juan Manuel Santos.
Ontem, o senador �lvaro Uribe questionou Santos em redes sociais sobre �a verdade� dos subornos da Odebrecht e uma reuni�o que ocorreu em abril de 2015 com os diretores da empreiteira no Panam� e o atual presidente na C�pula das Am�ricas. Para o governo colombiano, as declara��es de Uribe foram feitas de maneira tendenciosa e o encontro foi �absolutamente normal�.
No Peru, o presidente Pedro Pablo Kuczynski negou ter recebido dinheiro enquanto era primeiro-ministro e disse apoiar as investiga��es sobre a den�ncia de propina paga pela Odebrecht ao pa�s, de 2005 a 2014.
A Guatemala informou que vai solicitar uma colabora��o dos Estados Unidos para que o Minist�rio P�blico entre no caso. O Panam� tamb�m indicou que vai enviar investigadores aos Estados Unidos para buscar informa��es. O governo da Rep�blica Dominicana, por meio do ministro Jos� Ram�n Peralta, indicou disposi��o em colaborar com eventual investiga��es sobre propinas. As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.