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Estado de Minas

Taxa de ades�o a Temer chega a 88% na C�mara


postado em 26/12/2016 08:13

S�o Paulo, 26 - O presidente Michel Temer termina o ano com a maior taxa de governismo j� registrada na hist�ria recente da C�mara dos Deputados. Segundo dados do Bas�metro, do

Estad�o Dados

, os deputados votaram seguindo a orienta��o do governo em 88% das vota��es nominais que ocorreram em plen�rio em seus primeiros sete meses de gest�o. No mesmo per�odo do segundo mandato da presidente cassada Dilma Rousseff, a taxa de governismo m�dia foi de 63%.

A ades�o ao governo � praticamente un�nime na base aliada. O PMDB, por exemplo, que tem a maior bancada da Casa, registra uma taxa de apoio a Temer de 97% - a mesma do PSDB, que tem o terceiro maior n�mero de deputados. S� cinco partidos - PT, PDT, PCdoB, PSOL e Rede - votam em oposi��o ao governo na maioria das vezes.

Para l�deres governistas ouvidos pelo jornal

O Estado de S. Paulo

, o passado de Temer como presidente da C�mara, al�m da confian�a na equipe econ�mica, s�o essenciais para explicar o alto n�vel de ades�o. �No nosso caso, o fato de o presidente ser do PMDB � um diferencial. Mas, mais do que isso, sua forma��o e viv�ncia no Congresso s�o essenciais. Ele � acess�vel, sabe escutar e leva nossas opini�es em considera��o�, diz o l�der do PMDB, Baleia Rossi (SP).

Al�m do alto n�vel de governismo, houve outra mudan�a importante no comportamento dos deputados. Apesar da crise econ�mica e das dela��es premiadas da Opera��o Lava Jato, as legendas voltaram a se comportar da maneira que haviam feito por quase todo o per�odo democr�tico recente, ou seja: como partidos coesos, cujos deputados obedecem aos seus l�deres partid�rios.

Na escala de dispers�o feita pelo

Estad�o Dados

, em que zero significa que todos os deputados de um mesmo partido votam sempre exatamente igual, o �ndice chegou a 8,3 no auge da crise pol�tica do segundo mandato de Dilma, o per�odo parlamentar mais ca�tico desde 2003. Atualmente, o �ndice de dispers�o intrapartid�ria na C�mara caiu para menos da metade: 3,9.

Para o professor de Pol�ticas P�blicas da Universidade Federal do ABC (UFABC) Ivan Fernandes, a alta coes�o e governismo dos partidos corroboram a tese de que nosso sistema de governo � muito mais parecido com o parlamentarismo do que se imagina. �A diferen�a maior entre dois pa�ses n�o est� no seu sistema de governo, mas, sim, se ele � bi ou multipartid�rio. No segundo caso, que � o nosso, a import�ncia das coaliz�es � enorme, assim como no parlamentarismo.�

Ele diz que h� dois principais incentivos para que um partido entre na coaliz�o governista: a ado��o de pol�ticas mais pr�ximas de sua ideologia e a obten��o de cargos com capacidade de decis�o. �No governo Dilma, n�o houve concess�o nem de um nem de outro. Mas com Temer, � tudo diferente. Ele formula as pol�ticas p�blicas do governo e a estrat�gia de nomea��o de cargos sempre em negocia��o com o Congresso�, diz Fernandes

Isso significa que ser� f�cil para o governo aprovar sua agenda legislativa em 2017, recheada de reformas impopulares, como a da Previd�ncia e a trabalhista? Para Fernandes, n�o. Segundo ele, uma coaliz�o forte vira um rolo compressor, mas nesses casos h� custos claros de curto prazo e grupos de interesse contr�rios bem organizados. �Dada a rela��o de Temer com o Congresso, � prov�vel que ele acabe conseguindo aprov�-las, mas n�o do jeito exato que elas foram enviadas.�

O l�der do PMDB considera que a tarefa ser� mais simples. �A base vai continuar coesa. As medidas s�o pol�micas, n�o s�o eleitoreiras, mas s�o essenciais para o Brasil�, afirma Rossi.

Derrota

Apesar do otimismo do deputado, no �ltimo dia de vota��es na C�mara, na ter�a-feira, 20, o governo sofreu uma derrota pontual e importante. Os deputados aprovaram sem contrapartidas a renegocia��o das d�vidas dos Estados, o que beneficiou os governadores. O PMDB, partido de Temer, deu o maior n�mero de votos favor�veis � medida - 47 dos 50 deputados que votaram contrariaram os interesses do governo. O projeto de lei aguarda san��o ou veto do presidente. As informa��es s�o do jornal

O Estado de S. Paulo

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