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Estado de Minas

Planalto isola ex-aliados de Cunha na briga pela C�mara


postado em 04/01/2017 07:37 / atualizado em 04/01/2017 09:01

Embora o presidente Michel Temer diga oficialmente que o governo se mant�m neutro na disputa pelo comando da C�mara dos Deputados, seus auxiliares com melhor tr�nsito partid�rio atuam para esvaziar as candidaturas vinculadas ao Centr�o e descartam apoiar os nomes do bloco informal que se apresentaram at� o momento.

O Pal�cio do Planalto n�o pretende dar aval aos deputados Rog�rio Rosso (PSD-DF) e Jovair Arantes (PTB-GO) - ex-aliados do deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) - mesmo se a candidatura do atual presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), for barrada no Supremo Tribunal Federal.

Rosso, que tem sido tratado com defer�ncia por Temer, n�o conta, por�m, com a ades�o do pr�prio PSD, partido que, nos bastidores, apoia Maia.

A avalia��o � de que o deputado do Distrito Federal se lan�ou por sua conta e risco. Em conversas reservadas, auxiliares do presidente consideram que ele pode desistir do p�reo.

O outro nome do Centr�o, Jovair Arantes, � visto como "imprevis�vel" e encontra resist�ncia em partidos do bloco como PR e PP, que negociam mais espa�o no governo em eventual reforma ministerial.

O Planalto est� convencido de que Maia ser� reeleito, apesar das pend�ncias jur�dicas que pesam sobre sua candidatura. Tamb�m avalia que os nomes apresentados at� agora pelo Centr�o n�o t�m condi��es de fazer frente ao parlamentar do DEM.

A leitura no governo � de que o agrupamento partid�rio perdeu for�a ap�s a cassa��o e pris�o de Cunha - acusado de envolvimento em desvios na Petrobr�s. Para o Planalto, o bloco informal nunca foi homog�neo e atuaria na C�mara mais como um grupo de press�o do baixo clero do que focado nas reformas planejadas para 2017.

Rosso e Jovair tamb�m s�o considerados hoje nomes que n�o aglutinam a base aliada.

Na hip�tese de Maia ser impedido de assumir um segundo mandato, circula no primeiro escal�o uma "lista de emerg�ncia" com os nomes alternativos: Her�clito Fortes (PSB-PI), Marcos Montes (PSD-MG), Antonio Imbassahy (PSDB-BA) e Aguinaldo Ribeiro (PP-PB).

O Solidariedade e o candidato do PDT, Andr� Figueiredo (CE) - o �nico da oposi��o at� o momento -, questionam no Supremo a possibilidade de o atual presidente da Casa tentar renovar o mandato. O pedido se baseia em parecer da assessoria jur�dica da pr�pria C�mara que defende o veto � reelei��o de presidentes-tamp�o dentro da mesma legislatura. O parecer foi emitido em julho, antes da elei��o do deputado do DEM. Maia, por sua vez, alega que o texto constitucional n�o inclui os mandatos-tamp�o. O Supremo n�o deve se manifestar antes da elei��o na Casa, marcada para o dia 2 de fevereiro.

Debate

Nesta ter�a-feira, Rosso e Jovair propuseram a realiza��o de debate entre os postulantes ao comando da Casa. O objetivo � for�ar o Maia a assumir publicamente sua candidatura. "O povo brasileiro precisa conhecer quem s�o os candidatos e quem o Parlamento, com toda a soberania que tem, vai escolher", disse Rosso, que protocolou of�cio pedindo que a TV C�mara realize um encontro entre deputados que disputam o cargo.

"O debate � importante, porque n�s vamos estar elegendo n�o s� o presidente da Casa, mas o vice-presidente da Rep�blica na linha sucess�ria. A sociedade tem que saber o que o presidente que vai assumir a partir do dia 2 de fevereiro pensa", afirmou Jovair.

Apesar de desestimular as candidaturas dos nomes do Centr�o, o Planalto quer evitar conflitos com o grupo, que re�ne cerca de 200 deputados.

Temer pretende fazer uma reforma ministerial enxuta, mas j� indicou que poder� usar a Esplanada para acomodar aliados "feridos" ap�s a elei��o que renovar� o comando da C�mara e do Senado. Se depender do presidente, as mudan�as somente ser�o feitas depois que o ministro do STF Teori Zavascki, relator da Lava Jato na Corte, homologar as dela��es de executivos e ex-diretores da Odebrecht, provavelmente em meados de fevereiro ou mar�o.

A inten��o � evitar "surpresas" desagrad�veis, j� que o governo n�o quer correr o risco de nomear algu�m que esteja citado nas colabora��es.


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