Bras�lia, 05 - Candidato � reelei��o para o comando da C�mara, o deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) disse nesta quinta-feira, 5, ter ficado orgulhoso ao ser citado pelo colega Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) como presidente que n�o criou "patota" na Casa. "Acho que esse � o caminho: n�o restringir o poder a poucos e distribuir o poder", afirmou.
Mesmo sem formalizar sua candidatura, Maia destacou que n�o haver� retalia��o a ningu�m no dia seguinte do processo eleitoral na C�mara. "Retaliar n�o � democr�tico", justificou. O deputado lembrou que logo que foi eleito presidente da Casa partilhou o poder com todos. Ao ser questionado sobre a acusa��o de que estaria oferecendo cargos no governo em troca de apoio � sua recondu��o, Maia ignorou a pergunta.
O presidente da C�mara afirmou que seu objetivo � manter a harmonia e o ambiente menos radicalizado criado em sua gest�o, "sem conflitos pessoais" entre os parlamentares durante as vota��es em plen�rio e com respeito a oposi��o. Maia sucedeu na presid�ncia o ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), hoje preso, que ficou marcado no Congresso como parlamentar que tinha um grupo pol�tico forte e n�o poupava seus advers�rios.
Para Maia, o Supremo Tribunal Federal (STF) n�o deve interferir no processo eleitoral interno. Em sua avalia��o, a escolha do presidente do pr�ximo bi�nio deve se restringir ao campo pol�tico e deve ser capaz de fortalecer a institui��o.
O deputado voltou a repetir que ainda est� "amadurecendo" sua candidatura, mas defendeu o direito de disputar um segundo mandato para o comando da C�mara. Ele enfatizou que a restri��o para disputa do cargo � da �poca da ditadura militar.
Em pleno recesso parlamentar, Maia deu posse nesta quinta a novos parlamentares que assumiram o mandato na vaga de deputados que se tornaram prefeitos, vice-prefeitos ou secret�rios municipais. Hoje foi a vez dos tucanos Izaque Silva (SP) e Yeda Crusius (RS).
Manaus
Ap�s encontro na noite desta quarta-feira, 4, com o ministro da Justi�a, Alexandre de Moraes, Maia defendeu que a partir de fevereiro os tr�s Poderes construam em conjunto uma agenda Legislativa para a quest�o da seguran�a p�blica. Sobre o massacre em pres�dios de Manaus, onde 60 presos foram mortos nesta semana, Maia disse que a C�mara "pode dar sua contribui��o" para a quest�o.