S�o Paulo, 24 - O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Claudio Lamachia, elogiou nesta ter�a-feira, 24, a decis�o da presidente do Supremo Tribunal Federal, ministra C�rmen L�cia, de determinar a retomada dos trabalhos de tomada de depoimentos dos delatores da Odebrecht e afirmou que "a sociedade precisa de respostas".
"Neste momento, a sociedade precisa de respostas e, por isso, � necess�rio dar celeridade aos processos da Lava Jato, de modo a diminuir a inseguran�a e destravar o Pa�s", disse Lamachia que, no domingo, 22, cobrou que a presidente decidisse o quanto antes sobre a homologa��o das dela��es da Odebrecht alegando que a sociedade "exige defini��o imediata".
A dela��o da Odebrecht, bem como os processos da Opera��o Lava Jato, estavam sob a relatoria de Teori Zavascki - morto no dia 19 em um acidente a�reo em Paraty (RJ). Como � a presidente da Corte, cabe a C�rmen L�cia decidir sobre o encaminhamento das dela��es - que j� estavam com um cronograma definido pelo gabinete de Teori para serem analisadas no recesso. A expectativa era de que Teori homologasse a maior colabora��o da Lava Jato em fevereiro.
Para Lamachia, a decis�o de C�rmen L�cia "representa uma vit�ria para a sociedade". "Assim, a an�lise dos processos da Opera��o Lava Jato n�o fica paralisados", afirmou o presidente da entidade.
Audi�ncias
Com a decis�o de C�rmen L�cia, os depoimentos perante os ju�zes auxiliares que estavam previstos para a semana passada foram retomados. Estas audi�ncias buscam, nessa etapa, a confirma��o dos relatos gravados em v�deo pelos procuradores da for�a-tarefa da maior opera��o j� deflagrada contra a corrup��o no Pa�s. Os ju�zes indagam dos colaboradores se falaram espontaneamente ou se, eventualmente, se sentiram pressionados para fechar o acordo.
Tr�s ju�zes auxiliares que foram convocados para atuar no gabinete de Teori devem tomar depoimentos dos delatores e reiterar os termos dos acordos - multa a ser paga, benef�cios e compromissos assumidos.
Os depoimentos das dela��es em si, que detalham esquemas de corrup��o e implicam centenas de pol�ticos dos principais partidos pol�ticos, ficam para a pr�xima fase.
Mesmo com a morte do ministro, os magistrados auxiliares seguem no gabinete at� que o sucessor de Teori assuma o gabinete e decida se vai manter a equipe.