Lima, 24 - O governo peruano executou garantias pelos US$ 262,5 milh�es que a Odebrecht havia entregado para construir um gasoduto no sul do pa�s, logo depois de ter encerrado o contrato com a companhia brasileira.
O presidente Pedro Paulo Kuczynski disse que a medida busca defender os interesses do pa�s. "De outra maneira os 262 milh�es iriam Deus sabe aonde e n�s ficar�amos sem nada. Com isso, podemos continuar a obra usando esse dinheiro. Eles ter�o que chegar a um acordo com os empreiteiros que est�o por l�", destacou o mandat�rio.
Horas antes, o ministro de Minas e Energia, Gonzalo Tamayo, havia anunciado o t�rmino do contrato com a Odebrecht, alegando que os projetos "n�o v�o continuar com os s�cios atuais, n�o conseguiram mostrar que t�m financiamento... N�o foram capazes de levar adiante um projeto porque o sistema financeiro n�o cr� neles".
A Odebrecht era um dos tr�s s�cios para a constru��o do Gasoduto do Sul, cujo pre�o total chegava a US$ 7 bilh�es, junto com a espanhola Enag�s e a peruana Gra�a y Montero.
"O cons�rcio n�o p�de demonstrar que tinha a obra financiada", disse Kuczynski. Ele explicou que houve demora na execu��o da obra, mas ressaltou que vai "refor�ar o passo para poder lev�-la a cabo no tempo previsto".
Em dezembro, diante de uma corte dos Estados Unidos, a Odebrecht e a Braskem declararam-se culpadas de pagar subornos em 10 pa�ses na Am�rica Latina e dois da �frica.
O governo e o Minist�rio P�blico do Peru pediram informa��es aos Estados Unidos, Brasil e Su��a pelos US$ 29 milh�es em subornos que a Odebrecht admitiu ter pago a funcion�rios entre 2005 e 2014 para adjudicar obras p�blicas.
O governo peruano ainda anunciou que a construtora brasileira n�o poder� participar de futuras licita��es e conseguiu um pagamento de quase US$ 9 milh�es e o compromisso de entregar informa��es como indeniza��o pelos esc�ndalos de corrup��o gerados por empresas do Peru. Fonte: Dow Jones Newswires