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Estado de Minas

Cabral pediu a��es na bolsa de NY para lavar dinheiro, diz Procuradoria


postado em 26/01/2017 14:49

O esquema de corrup��o e lavagem de ao menos US$ 100 milh�es do ex-governador do Rio S�rgio Cabral (PMDB), atualmente preso em Bangu, teria envolvido at� a compra de a��es da Petrobras, Vale e Ambev na Bolsa de Nova York. As suspeitas foram levantadas pela for�a-tarefa da Opera��o Efici�ncia, desdobramento da Lava Jato no Rio, ao pedir a pris�o preventiva do empres�rio Eike Batista e outros investigados no esquema envolvendo o ex-governador em uma rede de propinas.

� a primeira vez, desde o in�cio da Lava Jato, que os investigadores se deparam com este tipo de transa��o envolvendo a compra de a��es em Bolsa. As empresas n�o s�o citadas na investiga��o. Sobre elas n�o recai nenhuma suspeita. Uma parte daquele montante, ou US$ 16,5 milh�es, teria sido empregada na compra de a��es. A propina passou por uma conta de Eike no Panam� e acabou custodiada em favor de Cabral no Uruguai.

"N�o foi poss�vel transferir os US$ 16,5 milh�es, a� S�rgio Cabral pediu aquisi��o de a��es em Bolsa, a��es da Petrobras", disse o procurador da Rep�blica Eduardo El Hage. "Acabou adquirindo a��es da Ambev, Petrobras e da Vale. Ap�s foi feita a transfer�ncia dos valores para a conta no Uruguai."

Dos US$ 100 milh�es identificados pela Opera��o Efici�ncia como supostamente transferidos para S�rgio Cabral no exterior, US$ 22 milh�es foram ocultos � ordem de dois operadores de propinas do ex-governador - US$ 7 milh�es de Carlos Miranda e US$ 15 milh�es de Wilson Carlos. "O resto (US$ 78 milh�es) de S�rgio Cabral", disse o procurador El Hage.

Ao detalhar a opera��o financeira para o pagamento dos US$ 16,5 milh�es de propina de a conta de Eike no Panam� para uma conta dos operadores de Cabral no Uruguai, os delatores Marcelo Chebar e Renato Chebar, (que s�o irm�os e receberam a quantia de Eike no exterior) revelaram que, por indica��o do ent�o governador, foram adquiridas a��es na bolsa de valores que pertenceriam, de fato, a Cabral, apesar de n�o estarem em seu nome.

Eles chegaram at� a apresentar os extratos de compras e vendas de 300 mil a��es da Petrobras, 100 mil da Vale e 16 mil da Ambev, entre 2011 e 2012.

Renato Chebar relatou aos investigadores o encontro que teve com o peemedebista no Hotel St. Regis em Nova York, em 2011 onde teria sido discutido o assunto. "Que a indica��o para compra das a��es se deu em encontro do colaborador (Renato Chebar) com S�rgio Cabral em 2011 na cidade de Nova York; que nessa ocasi�o o colaborador explicou toda a estrutura financeira da opera��o, tendo S�rgio Cabral indicado a compra de a��es da Petrobras, Vale e Ambev", afirmou Renato, em sua dela��o premiada.

O delator entregou um extrato das compras de a��es � Procuradoria da Rep�blica.

Segundo relataram os irm�os Chebar, o ent�o assessor de Cabral, Carlos Miranda, e o ent�o secret�rio do Rio Wilson Carlos os procuraram em 2010 para que eles viabilizarem o pagamento de propina de US$ 18 milh�es de Eike para o peemedebista.

Os delatores n�o souberam contar o motivo do pagamento, mas detalharam como ele foi estruturado junto a executivos que trabalhavam com Eike, incluindo na �poca o hoje vice-presidente do Flamengo Flavio Godinho, tamb�m preso na Opera��o Efici�ncia nesta quinta, 26.

Em um primeiro momento, aponta o Minist�rio P�blico Federal, para dar apar�ncia de legalidade � opera��o foi realizado em 2011 um contrato de fachada entre a empresa Centennial Asset Mining Fuind Llc, holding de Eike, e a empresa Arcadia Associados, dos irm�os Chebar, referente a uma falsa intermedia��o na compra e venda de uma mina de ouro de R$ 1,2 bilh�o.

Os irm�os, contudo, tiveram dificuldade em abrir contas no TAG Bank, no Panam�, onde Eike mantinha a offshore Golden Rock, subsidi�ria da Centennial, e acabaram abrindo uma conta no banco Winterbotham, no Uruguai.

"Que como houve problemas na abertura da conta no TAG Bank e atrasos no Winterbotham, foi acertado que a Golden Rock adquiriria a��es em bolsa nos Estados Unidos, conforme orienta��o de S�rgio Cabral", contou Renato Chebar em sua dela��o, sem especificar quem teria adquirido as a��es pela Golden.

Seu irm�o e tamb�m delator Marcelo Chebar corroborou a vers�o. "Que n�o sabe dizer quem comprou as citadas a��es, mas as mesmas foram transferidas para a conta da Arcadia no Winterbotham no Uruguai", relatou.

Diante dos ind�cios, a for�a-tarefa chamou Eike para depor, mas o empres�rio afirmou jamais ter pago propina a S�rgio Cabral. Com isso, os procuradores solicitaram ao juiz Marcelo Bretas, da 7� Vara Federal no Rio, decreto de pris�o de Eike e de outros suspeitos, al�m de realizar buscas e aprofundar nas investiga��es sobre o esquema de Cabral, o que foi autorizado e deu origem � Opera��o Efici�ncia.


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