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Estado de Minas

Vazamentos seletivos preocupam Planalto


postado em 31/01/2017 07:31

Bras�lia, 31 - O governo est� preocupado com a possibilidade de vazamentos seletivos das dela��es de 77 executivos e ex-diretores da Odebrecht. As colabora��es premiadas foram homologadas nesta segunda-feira, 30, pela presidente do Supremo Tribunal Federal, ministra C�rmen L�cia, e, a partir de agora, o procurador-geral da Rep�blica, Rodrigo Janot, vai decidir quem ser� alvo de inqu�ritos e quais investiga��es ainda precisam de mais dilig�ncias.

O Pal�cio do Planalto vive momentos de tens�o, �s v�speras da disputa para a presid�ncia da C�mara e do Senado, marcadas para quarta e quinta-feira, dias 1� e 2. Embora auxiliares do presidente Michel Temer tenham recebido com al�vio a not�cia de que C�rmen L�cia manteve o sigilo, h� receio de que, enquanto as dela��es ainda estiverem com o Minist�rio P�blico Federal, trechos dos depoimentos possam ser divulgados "parcialmente", prejudicando o governo.

Nos bastidores do Planalto e do Congresso, o coment�rio � de que as dela��es atingem cerca de 200 pol�ticos de v�rios partidos - muitos dos quais do PMDB e de outras siglas que comp�em a base aliada de Temer -, al�m de integrantes do "n�cleo duro" do Executivo.

O discurso oficial no governo � o de que a Lava Jato n�o ter� o poder de obrigar o presidente a produzir uma ampla reforma ministerial. At� agora, s�o esperadas apenas a nomea��o do l�der do PSDB na C�mara, Ant�nio Imbassahy (BA), para a Secretaria de Governo, no lugar de Geddel Vieira Lima, e a efetiva��o de Dyogo Oliveira no Minist�rio do Planejamento.

Mas assessores de Temer admitem que os desdobramentos das dela��es s�o imprevis�veis. H� apreens�o com os efeitos da turbul�ncia pol�tica sobre a economia. A imagem que se usa no Planalto para definir o pr�ximo per�odo � a de uma "travessia em mar revolto".

Na dela��o feita � for�a-tarefa da Lava Jato, em dezembro, o ex-diretor de Rela��es Institucionais da Odebrecht Cl�udio Melo Filho citou o pr�prio Temer, o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, e o secret�rio do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), Moreira Franco. Na lista de pol�ticos mencionados por ele tamb�m aparecem os presidentes do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e da C�mara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Maia concorre � reelei��o, com o aval do Planalto.

"A Lava Jato tem de cumprir o seu papel e o governo tem de governar. De prefer�ncia, bem", disse Padilha � reportagem, sem querer comentar as declara��es de Melo Filho, que o apontou como "preposto" de Temer na distribui��o de dinheiro para campanhas.

Relatoria

Temer pretende indicar o novo ministro do Supremo depois de Carmen L�cia escolher quem substituir� Teori Zavascki na relatoria da Lava Jato. Teori morreu em acidente a�reo, no dia 19, em Paraty (RJ), e nesta quarta-feira receber� homenagem dos colegas na primeira sess�o do Supremo ap�s o recesso.

Em conversas reservadas, o presidente tem dito que n�o aceitar� press�es pol�ticas nem escolher� uma pessoa que desagrade � ministra Carmen L�cia ou � opini�o p�blica. Temer quer, com isso, passar a mensagem de que n�o interferir� nos rumos da Lava Jato.

Nomes

A sucess�o no Supremo foi um dos assuntos da conversa entre Temer e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso h� quatro dias, em S�o Paulo. Filiado ao PSDB, o ministro da Justi�a, Alexandre de Moraes, est� na lista dos cotados para ocupar a cadeira de Teori. Desembargadores do Superior Tribunal de Justi�a (STJ), por�m, defendem um integrante da corte para a vaga.

A indica��o do presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Ives Gandra Martins Filho, perdeu for�a depois que foram divulgados artigos escritos por ele com posi��es consideradas machistas. Martins Filho disse que os trechos foram "descontextualizados". As informa��es s�o do jornal

O Estado de S. Paulo.


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