
O ministro-chefe da Casa Civil Eliseu Padilha disse nesta sexta-feira que a nomea��o de Moreira Franco para a Secretaria-Geral da Presid�ncia da Rep�blica, com status de ministro, teve objetivo de oferecer a ele, que comanda o Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), um tr�nsito melhor no exterior nas iniciativas do governo de buscar recursos para o Pa�s. Em entrevista � R�dio CBN, Padilha argumentou que o governo precisava de algu�m que se apresentasse em nome de ministro de Estado para essas visitas.
Padilha reconheceu que a medida confere foro privilegiado a Moreira, cujo nome foi citado na Lava-Jato, e negou que o caso se assemelha ao da indica��o, no ano passado, do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva ao cargo de ministro-chefe da Casa Civil, pela ent�o presidente Dilma Rousseff, e que acabou suspensa no dia seguinte pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
"Lula n�o estava no governo (quando foi indicado). Moreira j� estava agindo como ministro. Apenas recebe agora o t�tulo. � uma grande diferen�a, sim", afirmou.
Padilha tamb�m comentou sobre a decis�o de Temer de indicar o tucano Ant�nio Imbassahy para a Secretaria de Governo em vez de um pol�tico do PMDB. Segundo ele, a escolha do presidente teve o objetivo de consolidar o apoio do PSDB ao governo e afirmou que o partido de Temer ser� recompensado com outros cargos.
O ministro do Casa Civil ainda ressaltou que a base governista se fortaleceu ainda mais com os resultados das elei��es para a presid�ncia e o restante dos cargos das Mesas Diretoras da C�mara e do Senado. Mas disse que o Planalto ganharia de qualquer forma com o pleito legislativo, uma vez que a disputa era dentro da base.
Previd�ncia
Padilha voltou a afirmar que a reforma da Previd�ncia deve ser aprovada at� 30 de junho e que as mudan�as na legisla��o trabalhista devem acontecer ainda antes desse prazo. Ele refor�ou a necessidade da altera��o das regras da aposentadoria e disse acreditar que a baixa popularidade do tema entre a popula��o n�o deve atrapalhar sua aprova��o, embora admita que ir� encontrar resist�ncia. "Essa mudan�a tamb�m atinge os parlamentares, que v�o para o regime geral, ent�o vai ter resist�ncia", ponderou.
O ministro afirmou que a reforma da Previd�ncia "j� est� precificada". "O valor das a��es de Petrobras, do Banco do Brasil, da Eletrobras, a varia��o da Bolsa de Valores, tudo isso considera a reforma j� aprovada, j� com ajuste fiscal. Isso tamb�m tem que ser considerado por aqueles que olham com uma vis�o mais equidistante."
Lava-Jato
Com rela��o � Lava-Jato, o ministro avaliou que as investiga��es n�o devem interromper os planos do governo. "A Lava-Jato n�o � impedimento para avan�ar nas reformas. Dela��es citando membros do governo por si s� n�o provam nada e n�o trazem instabilidade. Estamos prestigiando a Lava Jato e teremos uma mudan�a significativa para melhor na forma de fazer pol�tica no Brasil."