Bras�lia, 06 - A defesa do presidente Michel Temer informou nesta segunda-feira, 6, ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que a conta de campanha do ent�o candidato � vice na chapa encabe�ada por Dilma Rousseff (PT) n�o foi respons�vel pelo pagamento dos servi�os prestados por tr�s gr�ficas que est�o na mira das investiga��es na Corte Eleitoral.
Em uma tentativa de se desvencilhar de supostas irregularidades encontradas nas empresas Red Seg Gr�fica, Focal e Gr�fica VTPB, a defesa do peemedebista afirmou ao TSE que foi a conta da campanha de Dilma que contratou o servi�o dessas gr�ficas. Essa foi a segunda manifesta��o - em menos de uma semana - da defesa do presidente sobre o assunto no �mbito do processo que apura se a chapa Dilma/Temer cometeu abuso de poder pol�tico e econ�mico para se reeleger em 2014. Caso o TSE decida cassar Temer, ser�o realizadas elei��es indiretas para escolher o sucessor do peemedebista no Pal�cio do Planalto.
"Os pagamentos (a essas tr�s gr�ficas) se deram a partir da conta corrente 'Dilma Vana Rousseff - Presidente' (), sendo certo que dentre os fornecedores contratados diretamente pelo ent�o Vice-Presidente e candidato, que abriu conta banc�ria, arrecadou seus recursos e promoveu gastos, n�o se encontram nenhuma das empresas periciadas", afirmam os advogados Gustavo Guedes e Marcus Vin�cius Furtado Co�lho, respons�veis pela defesa do presidente no TSE.
A defesa do presidente aponta "informa��o equivocada" em uma tabela inserida em relat�rio da Pol�cia Federal que identificou os pagamentos das gr�ficas como sendo realizados pelo "Diret�rio Nacional do PT e do PMDB". "� indevida � vincula��o do PMDB, assim como do presidente Michel Temer, no que toca � contrata��o ou mesmo pagamento das tr�s empresas", dizem os advogados do presidente.
Dilig�ncias
No dia 27 de dezembro, a Pol�cia Federal realizou buscas e apreens�es nessas tr�s gr�ficas, que prestaram servi�os para a campanha de Dilma e Temer em 2014. Foram cumpridas dilig�ncias em Minas Gerais, S�o Paulo e Santa Catarina, em cerca de 20 locais - dentre eles, nas sedes das empresas Red Seg Gr�fica, Focal e Gr�fica VTPB, al�m de outras empresas subcontratadas por elas.
O Minist�rio P�blico Eleitoral (MPE) j� encontrou "fortes tra�os de fraude e desvio de recursos" ao analisar as informa��es colhidas com a quebra do sigilo banc�rio dessas tr�s gr�ficas. "Importante relembrar que o ent�o vice-presidente e o PMDB n�o foram os respons�veis pelas contrata��es das empresas referidas durante a campanha de 2014, logo, n�o det�m conhecimento sobre qualquer irregularidade no pagamento e na presta��o dos servi�os, n�o sendo poss�vel, portanto, contraditar os fatos apontados nos respectivos laudos", reafirmou a defesa de Temer ao TSE.
A Pol�cia Federal j� pediu ao TSE o compartilhamento de provas para a abertura de uma investiga��o criminal sobre a movimenta��o financeira da chapa Dilma-Temer em 2014. Os investigadores apontam ind�cios de lavagem de dinheiro em repasses feitos pelas gr�ficas.
Para os advogados de Temer, a apura��o dos fatos envolvendo a Focal, Rede Seg e VTPB, extrapola os limites do processo em tramita��o no TSE, j� que os poss�veis il�citos possuiriam "natureza penal e at� mesmo tribut�ria", o que demandaria a instaura��o de "procedimentos criminais pr�prios", fora do �mbito da Corte Eleitoral.