S�o Paulo, 07 - O ex-presidente da C�mara dos Deputados Eduardo Cunha (PMDB-RJ) afirmou nesta ter�a-feira, 7, em depoimento ao juiz federal S�rgio Moro, que � alvo de um processo pol�tico e que corruptores internacionais s�o poupados.
"Gostaria tamb�m de dizer que estamos com um processo pol�tico aqui e que empresas estrangeiras, queria protestar, s�o poupadas de responsabiliza��o e empresas brasileiras pagam bilh�es no exterior al�m da perda de mercado."
Cunha foi interrogado como r�u em uma a��o penal em que � acusado de ter recebido em suas contas na Su��a propinas de ao menos R$ 5 milh�es referentes � aquisi��o, pela Petrobras, de 50% do bloco 4 de um campo de explora��o de petr�leo na costa do Benin, na �frica, em 2011.
O neg�cio foi tocado pela Diretoria Internacional da estatal, cota do PMDB no esquema de corrup��o.
O Minist�rio P�blico Federal sustenta que parte destes recursos foi repassada para Cl�udia Cruz, mulher de Cunha, tamb�m em contas no exterior - a transa��o est� sendo investigada em outra a��o, espec�fica contra a mulher do peemedebista.
"A a��o penal � indivis�vel, mas n�o houve, por exemplo, a responsabiliza��o da Keppel Fels na senten�a divulgada na semana passada, apesar da imputa��o direta da empresa pelo delator Zwi (Skornicki), ou da Samsung, onde � publica sua participa��o nos crimes de corrup��o, que dep�s o presidente da Coreia", afirmou Cunha, ao final da audi�ncia que durou cerca de tr�s horas.
"As puni��es n�o podem ser seletivas e poupar os corruptores internacionais. Falo com a autoridade de quem foi respons�vel pelo impeachment da ex-presidente da Rep�blica para defender a legalidade no nosso Pa�s."